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Defesa de André Puccinelli ainda não entrou com pedido de liberdade

Campo Grande News em 21 de Julho de 2018

A prisão do ex-governador André Puccinelli (MDB), pré-candidato ao governo, e do filho André Puccinelli Júnior, completa 24 horas com a defesa estudando os processos e uma noite “tranquila” no Centro de Triagem. Os dois e o advogado João Paulo Calves foram alvos ontem de mais uma etapa da operação Lama Asfáltica, realizada pela PF (Polícia Federal).

Reprodução

André Puccinelli foi preso na operação Lama Asfáltica

Na manhã deste sábado (dia 21),a reportagem apurou que a noite no Centro de Triagem, conhecido por abrigar presos “famosos” na cela 17, foi normal, sem intercorrências. Lá estão presos o ex-governador e filho. André Puccinelli Júnior abriu mão das prerrogativas de advogado, que permite que ficasse preso em uma sala especial do Presídio Militar. Já o advogado João Paulo está na sala especial.

O advogado André Borges informou neste sábado que está trabalhando no caso e ainda não entrou com pedido de liberdade. Ontem, o advogado Renê Siufi disse que pretende contestar ponto a ponto da decisão que determinou as prisões e que poderia apresentar recurso apenas na próxima segunda-feira (dia 23).

Os três já foram presos em 14 de novembro de 2017, na fase Papiros de Lama. Na ocasião, a prisão foi relâmpago, com duração de 40 horas. A liberdade veio em decisão do desembargador do TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), Paulo Fontes, em 15 de novembro, feriado de Proclamação da República.

Conforme cálculo de investigadores, o desembargador teve cerca de dez horas – sem considerar o período de repouso – para analisar os documentos, tomar a decisão e redigi-la. Eram 266 páginas.

Ìcone

Nesta nova etapa, a força-tarefa da Lama Asfáltica apontou que o Instituto Ícone figura como uma “poupança de propinas”. A acusação é de que o dinheiro da propina destinada ao ex-governador era repassado ao instituto, que apesar de superavitário, não remunerava com mesmo vigor financeiro Calves, seu único dono.

A suspeita é que o verdadeiro dono seja Puccinelli Junior, que desde a abertura da empresa conta com procuração com poderes para “todos os atos que se fizerem necessário”. Para a investigação, trata-se de uma forma de chegar à última fase da lavagem de dinheiro, quando “grana suja” volta reciclada à economia formal.

O titular da 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, decretou as prisões preventivas para garantia da ordem pública e interrupção dos atos de lavagem de dinheiro “cometidos, em tese, através do instituto.

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