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Comércio busca emplacar verde e amarelo e torcedores ensaiam reaproximação da Seleção

Ricardo Albertoni em 11 de Junho de 2018

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Lojas exibem as chamativas camisetas amarelas da seleção pentacampeã

A três dias para o início da Copa do Mundo da Rússia, o comércio de produtos voltados para atender os torcedores da seleção brasileira na área central de Corumbá, começa a melhorar. Ainda ressabiado pelo último desempenho da seleção canarinho, em  2014, quando a perdeu de 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa,  o torcedor corumbaense não “abraçou” a ideia do hexa em 2018, mesmo com a evolução do time do técnico Tite.

Mas, o comércio tenta mobilizar o público mais ligado ao futebol. Algumas lojas exibem as chamativas camisetas amarelas da seleção pentacampeã e o movimento que começou a crescer nos últimos dias deixa os comerciantes otimistas. Segundo eles, a expectativa pelo “boom” nas vendas deve acontecer esta semana, antes da estreia da seleção no dia 17 e a situação deve melhorar se a equipe nacional começar bem.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

O vendedor Jociney Ferreira destacou que às vésperas da Copa do Mundo, as vendas aumentaram

“Os brasileiros estão mais animados com essa nova seleção depois da renovação. Começaram a sair bem as camisetas. Antes a procura estava pequena, agora aumentou. Acho que a proximidade dos jogos e o tempo melhorando também ajudou. A expectativa é que as vendas cresçam se a seleção se apresentar bem”, disse ao Diário Corumbaense o vendedor Jociney Ferreira, de 44 anos, lembrando que a loja também investiu em outros materiais para atender o público mais fanático por futebol.

“Temos bandeiras para serem colocadas nos carros que custam R$ 5 e vários acessórios com as cores do Brasil, mas o forte é a camiseta. Já pedimos novo estoque porque o primeiro já vendemos a maioria”, afirmou.

As lojas de eletrônicos também tentam atrair os torcedores. É quase uma tradição para alguns trocar de televisão na Copa do Mundo que acontece de quatro em quatro anos. Aproveitando isso, comerciantes desse setor apostam na redução dos preços e na decoração dos ambientes para despertar o interesse dos consumidores.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Lojas onde são comercializados aparelhos de TV apostam na decoração dos ambientes para despertar o interesse dos consumidores

Gerente da filial de uma grande loja em Corumbá, Maurício Duarte Teixeira, explicou que mesmo após a crise do abastecimento, em virtude da greve dos caminhoneiros, a loja se preparou para oferecer o produto em pronta entrega. O grande atrativo é o preço, já que com a grande procura às vésperas de um dos mais importantes eventos esportivos do mundo, existe a possibilidade de oferecer os aparelhos a preços menores.

“Decoramos a loja para chamar um pouco mais a atenção dos clientes, deixar o local mais agradável para que as pessoas se sintam bem e já imaginem o produto em casa. A tendência de mercado agora, principalmente visando a Copa, é as pessoas trocarem de televisores. Nessa época temos uma redução em torno de 20% no valor real do produto e o cliente pode ainda  comprar em até 24 vezes e no cartão, a maioria em até 10 vezes sem juros. A procura está sendo muito grande e nos preocupamos em ter o produto para poder entregar atendendo a demanda, então, o cliente compra e já sai imediatamente com o aparelho”, afirmou a este Diário.

Embora o comércio esteja entusiasmado, muitos não se sentem à vontade de falar de futebol e principalmente da seleção brasileira, mas o professor aposentado, vascaíno Odenir Carrapateira, de 72 anos, não vê problema nenhum. Para ele, a Copa do Mundo é evento importante até mesmo para reunir os familiares.  “Sou vascaíno e também gosto muito da seleção. Acho que essa seleção tem chance, é diferente da última Copa. Todos lá em casa torcem bastante, a família toda torce junto, sentamos e assistimos aos jogos. Estamos animados, genro, filhas, minha esposa, netos, todos vão torcer”,  afirmou.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Existem muitos que não querem nem ouvir falar de futebol, como o taxista Zito Nobre

Já o taxista Zito Nobre, de 66 anos, não quer nem ouvir falar de Neymar e companhia. Há 38 anos na profissão, ele revela que as conversas durante os percursos com seus clientes também não seguem pelo lado da bola.  “Não gosto de futebol, acompanhava, mas parei, desde o 7 a 1. Quando o Brasil perde, fico muito triste e depois da última Copa desacreditei. As pessoas entram no carro, mas a gente não conversa muito sobre futebol, a conversa vai mais para o lado da política que está terrível no nosso País”, contou.

Se o público de mais idade já não tem o mesmo sentimento pela seleção nacional, sorte para o futebol brasileiro que a amarelinha ainda possui o poder de encantar os mais novos e os mais diferentes públicos. Há mais de duas semanas, Giovana Oliveira Moraes, de 7 anos, pede ao pai, o supervisor de mina de uma mineradora, Edson Douglas, de 39 anos,  o sonhado álbum de figurinhas da Copa do Mundo.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Fã de futebol, Giovana, de 7 anos, procura há algum tempo pelo sonhado álbum de figurinhas da Copa do Mundo

Pedido que está sendo difícil realizar, já que de acordo com o proprietário da banca onde é vendido o álbum, além do estabelecimento receber poucas unidades, a procura é tão grande que antes de ser exposto o estoque é esgotado. Mas a fã de futebol não desiste e pretende juntamente com o pai continuar a procura. “Eu gosto de futebol, na escola todo mundo coleciona, trocam as figurinhas. Espero conseguir esse álbum antes da Copa do Mundo, mas está muito difícil”, lamentou Giovana.

Copa do Mundo da Rússia

O Brasil estreia na Copa do Mundo da Rússia no próximo dia 17, às 13h (horário de Mato Grosso do Sul) contra a Suíça. A seleção brasileira está no Grupo E, ao lado de Costa Rica, Sérvia e Suíça.

 

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