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Polícia Civil desmonta esquema de lavagem de dinheiro do tráfico e prende nove pessoas

Ricardo Albertoni em 25 de Maio de 2018

Divulgação / Polícia Civil

Polícia Civil prendeu oito pessoas na quinta-feira e confirmou nova prisão nesta manhã

O SIG (Setor de Investigações Gerais) prendeu na quinta-feira (24) e nesta sexta-feira (25) nove pessoas, apreendeu droga e desmantelou uma organização criminosa que se utilizava de uma boutique para “lavar” o dinheiro vindo do tráfico de drogas. A operação denominada “Mercator Vestis” faz referência à atividade.

A operação contou com vinte e cinco policiais, integrantes do SIG/DRP, DAIJI (Delegacia de Atendimento a Infância, Juventude e Idoso), DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), DRP (Delegacia Regional de Polícia), NRP (Núcleo Regional de Perícias) e Delegacia de Ladário. Segundo a Polícia Civil, oito viaturas foram utilizadas, entre veículos caracterizados e descaracterizados.

Coordenadas pelo SIG, as equipes procederam o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pela Primeira Vara Criminal de Corumbá e chanceladas pelo Ministério Público. A operação desencadeada visava cumprir também mandados de prisão temporária decorrentes de investigação do SIG referente à tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Divulgação/Polícia Civil

Droga e dinheiro foram apreendidos

No estabelecimento localizado na rua Quinze de Novembro, boutique G&B, cuja proprietária foi identificada como Robilânia Miranda, a “Bila”, os policiais fizeram buscas no imóvel e encontraram em cima da cama dela um invólucro de entorpecente pesando aproximadamente 209,5 gramas, além de mais 53 gramas de cocaína dentro de um copo de liquidificador. Os policiais ainda encontraram sacolas plásticas para o embrulho do entorpecente, uma tesoura, a quantia de R$ 125 em dinheiro trocado e um veiculo Ford KA utilizado pela investigada para entregar entorpecentes.

Taylon Márcio de Almeida Pereria, que seria “Thayssa Almeida” foi preso por possuir um mandado de prisão em consequência das investigações. No seu quarto dele, os policiais encontraram uma porção de cocaína pesando aproximadamente 7,6 gramas e duas porções de pasta base pesando cerca de 5,5 gramas.

Simultaneamente, as equipes se deslocaram até a rua Joaquim Murtinho, residência de outras investigadas da organização e localizaram Glaucinete Rodriguez, “Glauci” com uma tesoura e sete “paradinhas” embrulhadas em material idêntico ao encontrado na loja de “Bila”. Na residência de outra investigada foram encontradas três trouxinhas de maconha pesando aproximadamente 3 gramas.

As equipes também foram até a casa de outro investigado: Márcio da Costa Pereira, mas não o encontraram no imóvel. Ele foi achado durante diligências das equipes pelas imediações. No bolso dele foram apreendidas 26 “trouxinhas” de cocaína que pesaram cerca de 14,5 gramas, material que ele comercializava em plena luz do dia se utilizando de uma motocicleta vermelha.

A Polícia também prendeu Ozana Rodrigues Nolasco, Gislaine Laura Aparecida Marícilia Rodrigues, Ariane Soares e Gyslaine Samaniego Britts. Além do Ford Ka, também foi apreendido um Toyota/Prius utilizado na entrega de droga.

Por fim, foi cumprido um mandado de busca e apreensão na rua Vinte e Um de Setembro. O local, segundo o SIG, era utilizado para realização de festas e durante investigações, ficou evidenciado que o ponto era abastecido com entorpecentes pelo grupo, possivelmente para usuários. Todos os envolvidos, sem lesões corporais, foram conduzidos até o SIG/DRP – Delegacia Regional de Polícia Civil de Corumbá para as autuações.

Divulgação/Polícia Civil

Veículos que eram utilizados pela organização criminosa foram apreendidos

Três meses de investigação

Conforme o delegado titular do SIG, Rodrigo Blonkowski  a Operação “Mercator Vestis” é resultado de três meses de investigações que serviram para mapear e identificar os indivíduos participantes que se utilizavam da boutique para “lavar" o dinheiro oriundo da comercialização de drogas.  

“Uma verdadeira teia criminosa utilizada para a comercialização de entorpecentes na cidade em vários bares e casas de shows. O grupo também se utilizava de uma boutique para ‘lavar o dinheiro’ oriundo da mercancia de entorpecentes, ou seja, dar uma aparência lícita ao dinheiro arrecadado. Quatro dos indivíduos que contavam com mandado de prisão temporária (30 dias, prorrogável por mais 30) foram presos também em flagrante, ou seja, confirmando o teor das investigações do SIG”, afirmou o delegado que informou que uma nona prisão foi feita na manhã desta sexta-feira. Segundo ele, Brunilde Garcia Serra, era "ninja" da quadrilha, ou seja, vendia droga em bares.