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Mocidade da Nova Corumbá se consagra campeã com enredo sobre o povo cigano

Rosana Nunes e Lívia Gaertner em 14 de Fevereiro de 2018

Johonie Midon/Diário Corumbaense

Mocidade da Nova Corumbá comemora título do carnaval de Corumbá 2018

Por um ponto de diferença, a Mocidade Independente da Nova Corumbá é a campeã do Carnaval de Corumbá 2018. A escola de samba localizada na zona sul da cidade somou 179,5 pontos nos nove quesitos julgados por 18 jurados. Em apenas três quesitos (comissão de frente, enredo, harmonia e evolução) não obteve a nota máxima. A segunda colocada foi A Pesada com 178,5 pontos; em terceiro, Caprichosos de Corumbá, com 177,4 pontos; quarta colocada, Estação Primeira, com 176,7 pontos; depois Império do Morro (176,6) e Marquês de Sapucaí (176,6), neste caso o critério de desempate foram as notas no quesito samba-enredo, cuja diferenca foi de um décimo (19,8 e 19,7 pontos respectivamente); Imperatriz (176,4); Vila Mamona (174,1); Acadêmicos do Pantanal (174) e Major Gama (169,8). Das dez agremiações que desfilaram este ano, apenas duas, Mocidade e A Pesada, campeã e vice-campeã, não receberam punições. 

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Mocidade levou para a passarela do samba a história do povo cigano

A campeã

A alegria do povo cigano foi a porta de entrada para o desfile da Mocidade Independente da Nova Corumbá que trouxe o enredo “Optchá, Sob um céu de estrelas, a sorte da Mocidade”. A agremiação  apresentou uma comissão de frente formada por cinco casais que anunciavam o refrão do samba-enredo da escola: “a caravana da alegria chegou”. O fogo, elemento natural presente em todas as festas ciganas, chamou a atenção durante a coreografia cheia de vigor e força das danças ciganas.

No carro abre-alas, a escola da Zona Sul de Corumbá, reproduziu a cidade indiana de Sind, de onde expulso teve início a história do maior povo peregrino da humanidade. A arara vermelha, símbolo da agremiação, apareceu dourada e, no final do desfile, no último carro alegórico da passagem da Nova Corumbá pela avenida.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Edelton e Valessa, trouxeram figuras bastante representativas para o povo cigano: Santa Sara e Maximino, contemporâneos de Cristo, que saíram numa barca à deriva em busca de salvação. Infelizmente, ao evoluir para a primeira cabine de jurados com uma coreografia marcada pelo vigor das danças ciganas, Valessa tropeçou na fantasia e teve que ser amparada por Edelton, num raro momento de tensão durante o desfile.

À frente da bateria Barcelona, o mestre Diego Rojas não temeu fazer paradinhas e bossas que deram ao samba identidade auditiva de marchas ciganas. A escola confiou na harmonia que segurou a paradinha cantando o samba. Os 120 componentes representaram os “devotos ciganos” e tiveram como rainha Carol Castelo trazendo toda a magia e sedução da mulher cigana.

A Bola de Cristal, objeto amplamente divulgado como um oráculo associada à figura da cigana, foi a inspiração para a fantasia da ala das baianas.

O Povo Cigano da Umbanda foi representado em uma das 15 alas que passaram pela avenida. Com roupas típicas, mostrou trajes usados em festas e cerimônias de rotina em terreiros e casas de religiões de matrizes africanas, numa homenagem à atividade destas religiões em Corumbá.

Adereços como cartas, adagas, pandeiros, cristais, veús e fitas estiveram presentes nas fantasias dos cerca de 800 componentes.

As alegorias também se destacaram no desfile com carros cujas estruturas elaboradas pelo carnavalesco Ricardo Vilalva carregaram destaques cheios de brilho e muito dourado, além das imensas esculturas de ciganas e ciganos.

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