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Em MS, apenas 145 pessoas registraram em cartório desejo de doar órgãos

Campo Grande News em 27 de Setembro de 2024

Divulgação/Hospital Adventista do Pênfigo

Equipe que fez o primeiro transplante de fígado em Mato Grosso do Sul, este ano

Somente 145 pessoas registraram em cartório o desejo de doar órgãos e tecidos em Mato Grosso do Sul desde que serviço foi lançado, em abril deste ano.

O número foi divulgado hoje (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, pela seção sul-mato-grossense do Colégio Notarial do Brasil.

É possível registrar a vontade gratuitamente por meio de uma AEDO (Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos), na plataforma nacional aedo.org.br. Em seguida, um tabelião de cartório da cidade irá agendar uma videoconferência para identificar o interessado e confirmar a manifestação.

No Brasil, já existem mais de 12 mil pedidos em todas as 27 unidades federativas.

Não garante

Presidente do colegiado em Mato Grosso do Sul, Elder Gomes Dutra diz que existe a expectativa de aumentar o número de registros, porém, destaca que o documento não garante que a doação seja efetivada após a morte.

A AEDO serve para que "doadores expressem seu desejo, em vida, de maneira simplificada e segura, valendo como uma orientação para a família após a morte do declarante", complementa Elder. 

O registro é validado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Ela pode ser consultada via CPF do falecido, pelo Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde, diretamente na Central Nacional de Doadores de Órgãos.

No Brasil, a retirada de órgãos e tecidos para doação só é possível quando existe autorização expressa da família. Mesmo que exista declaração da vontade deixada pela pessoa que morreu, a palavra final é sempre dos familiares.

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