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Sem acordo, Corumbaense vai pedir à Prefeitura ação judicial para retomar Arthur Marinho

Rosana Nunes e Ricardo Albertoni em 31 de Dezembro de 2017

Divulgação/Corumbaense Futebol Clube

Diretoria do Corumbaense e presidente da LEC se reuniram, mas não houve acordo

Faltando 20 dias para o primeiro jogo do Corumbaense em 2018, contra o Ceilândia-DF pela Copa Verde, a situação do estádio Arthur Marinho segue indefinida. Administrado pela LEC (Liga de Esportes de Corumbá) desde o dia 27 de dezembro, quando teve fim o convênio firmado em 2007 com a Prefeitura Municipal de Corumbá, o Arthur Marinho é a casa do Corumbaense, porém, devido às indefinições nos últimos meses, a possibilidade de que o time mande seus jogos fora de Corumbá, é cada vez real.

O clube informou que não houve acordo durante a negociação sobre a administração da praça esportiva em parceria com a LEC. Segundo o Carijó da Avenida, proposta foi entregue à diretoria, entretanto, o presidente da Liga, Leôncio Raldes, disse que não conseguiu reunir os membros para discutir os pontos propostos e isso também não poderia ocorrer nesta segunda-feira, porque é "feriado". Raldes informou ainda que vai viajar no dia 02 e só retorna no dia 09 de janeiro. Na visão do Corumbaense, a situação demonstra falta de interesse da LEC e por isso, a diretoria vai seguir outra linha de atuação.

De acordo com o presidente, Luiz Bosco Delgado, em prol do bem coletivo e pelo fato de não haver mais tempo hábil para esperar por uma posição da LEC, o clube vai solicitar à Prefeitura de Corumbá, que sejam tomadas medidas judiciais para que a praça esportiva seja retomada diante da “incapacidade financeira” da Liga de Esportes.

“A diretoria do Corumbaense entende que diante do exposto, a LEC se mostra inviável financeiramente para gerir os destinos do estádio Arthur Marinho. Vamos sugerir ao prefeito que retome judicialmente o estádio para o Município de Corumbá, porque a Prefeitura é a única que tem capacidade financeira para administrar esse local. Acredito que essa é a vontade da população também”, afirmou o presidente.

O Arthur Marinho segue como plano principal do Corumbaense, porém, a diretoria já trabalha com outras alternativas e uma delas é jogar no Douradão, em Dourados.

As propostas feitas pela LEC e o Corumbaense

A Liga de Esportes de Corumbá propôs valor de 15 mil reais mensais; o Corumbaense ainda ficaria responsável pela manutenção integral do estádio e a renda do bar seria também da LEC.

A diretoria do Carijó da Avenida considerou inviável a parceria desta forma e fez  três últimas propostas:

1) pagar aluguel de 5 mil reais mensais, mais o bar para a LEC. Tanto a Luga quanto o Corumbaense poderão fazer eventos no estádio;

2) 10 mil reais mensais livres para a LEC, mas sem o bar. O clube também faria a menutenção do estádio.

3) 5% da renda. Para os jogos de.porte maior, o clube propõe aumentar de 1% a 1,5% da renda.

Prefeito vai estudar possibilidade

Procurado pelo Diário Corumbaense, o prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes, disse que vai pedir à Procuradoria Geral do Município que avalie a viabilidade da ação judicial de retomada do Arthur Marinho.

"Se for legal, acho viável. A torcida do Corumbaense é apaixonada pelo time e não é justo, que agora, que o clube tem três competições nacionais, além do Estadual, ela não possa assistir os jogos em casa", frisou o prefeito ao lembrar que a Prefeitura tem impedimento legal para a prorrogação do convênio que manteve com a LEC por 10 anos, conforme a lei federal número 13.019/2014.

O Município propôs à Liga, a doação do Arthur Marinho ao poder público, mas os dirigentes não aceitaram o pedido feito formalmente e a administração do estádio voltou para a LEC. Também por força da lei, tudo o que foi adquirido pela Prefeitura, voltou ao patrimônio público municipal, como aparelhos de ar-condicionado, maca móvel, cortador de grama, colchões, móveis, extintores de incêndio e o placar eletrônico.

Além da Copa Verde, o Corumbaense, campeão estadual de 2017, vai disputar a Copa do Brasil e o Brasileiro da Série D. 

Arthur Marinho foi administrado por dez anos pela Prefeitura de Corumbá através de convênio firmado em 2007

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