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Marcelo condiciona ida para o PSDB ao “carinho” do governador com Corumbá

Rosana Nunes em 22 de Novembro de 2017

O prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes, hoje filiado ao PTB, disse que a ida dele para o PSDB, depende do “carinho” do governador tucano, Reinaldo Azambuja, para com a cidade. Ele se referiu aos projetos de infraestrutura e saúde que exigem investimentos do Estado dentro do projeto do Fonplata, o Fundo Financeiro de Desenvolvimento da Bacia do Prata, em parceria com a Prefeitura corumbaense, e que já deveriam estar em processo de execução.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Prefeito destacou que parceria Estado e Município precisa ser consolidada

“A proposta para que eu fosse para o PSDB já estava sendo feita pelo prefeito Ruiter Cunha (falecido no último dia 1º). Ele dizia: ‘Marcelo, lá em 2018 é muito mais fácil se você for para o PSDB, já que nós temos o compromisso do governador para esse apoio’. E no dia da convenção do PSDB (em 11 de novembro) o convite foi oficializado e eu disse que só vou assinar quando Corumbá sentir o carinho dele (governador). Quando ele começar a ver melhor Corumbá para que eu possa aceitar. Não posso ir para o PSDB com aquele compromisso de abril quando foi aprovado o Fonplata; em setembro quando toda a documentação foi assinada e até agora não saiu do papel”, afirmou.

O Município vai receber um total de 40 milhões de dólares (aproximadamente R$ 125,2 milhões) do financiamento disponibilizado pelo Fonplata. Com o empréstimo, será possível atender demandas urgentes associadas a deficiências de infraestrutura urbana e socioambiental. Serão ações voltadas para o desenvolvimento de áreas de recreação e descanso, infraestrutura de vias e drenagem, recuperação do patrimônio histórico, fomento do turismo e moradia para famílias que vivem em áreas de risco. Outros US$ 40 milhões são contrapartida estabelecida pela parceria do Município e do Governo do Estado.

Em setembro passado, quando Corumbá completou 239 anos, o governador Reinaldo Azambuja anunciou R$ 43 milhões em investimentos, que incluem a reforma e ampliação da Santa Casa; construção de um novo pronto-socorro; reforma da maternidade; reativação do centro obstétrico e criação de mais 30 leitos de internação geral somente na saúde. Há ainda obras de infraestrutura: drenagem e pavimentação das ruas do bairro Padre Ernesto Sassida; restauração da MS-228; urbanização da avenida Nossa Senhora das Mercês; restauração da Igreja Matriz e integração do Distrito de Porto Esperança.

Apenas o processo licitatório para recapear 23 ruas do município teve o resultado de licitação divulgado no dia 14 de novembro. Ao todo serão 273.489,06 m2, que receberão investimentos da ordem de R$ 11.013.785,88 milhões. O recapeamento vai beneficiar 102 quadras das ruas João Bosco da Mota, Rio Grande do Norte, Marechal Deodoro, Pernambuco, Edu Rocha, Luiz Feitosa Rodrigues, Dom Pedro II, Major Gama, São Paulo, 15 de Novembro, 13 de Junho, Cuiabá, Gabriel Vandoni de Barros, Delamare, Alan Kardec, Marechal Floriano, Oriental, Cáceres, Sargento Aquino, Nossa Senhora de Fátima, São Judas Tadeu; além das avenidas General Rondon e Rui Barbosa.

“Tenho conversado com o governador, com os secretários estaduais, sobre a importância de essas obras saírem do papel. Já tivemos a boa notícia do recapeamento de ruas e em breve, esperamos que mais R$ 11 milhões sejam liberados para a Santa Casa, que é o único hospital da região e precisa melhorar sua estrutura. Então, quando começar a sair do papel, faço questão de fazer uma ‘big’ festa em Corumbá e mostrar que o povo está alegre com o governador e com o PSDB. Mas nada impede que eu me filie em outro partido amanhã ou depois. Depende do governador, se quiser ter Marcelo Iunes, prefeito de Corumbá no PSDB, tem que olhar muito bem e com muito carinho para Corumbá”, pontuou ao dizer que também vai ao Governo cobrar que a cidade possa ter uma conexão da Amaszonas del Paraguay S.A. Líneas Aéreas.

Em dezembro, a empresa passa a oferecer voos regulares partindo do Aeroporto Internacional de Campo Grande, conectando Mato Grosso do Sul a nove países do mundo, entre eles, o Paraguai e a Bolívia. “Não temos hoje voo para Campo Grande, então, uma opção ligando Assunção, Campo Grande, Corumbá e Santa Cruz de la Sierra, seria excelente para a região. Há demanda para isso. Num primeiro projeto, Corumbá estava inserida e agora não foi”, lembrou Marcelo Iunes.

 

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