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Salvem o dourado e os peixes do Pantanal

Da Redação em 19 de Outubro de 2017

Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul vão voltar a discutir uma lei que diz respeito à pesca nos rios de Mato Grosso do Sul e em especial no Pantanal, maior polo turístico do Estado e um dos principais destinos do país. Os parlamentares agora vão analisar projeto de lei do deputado Felipe Orro (PSDB), que propõe a comercialização e transporte do dourado em todo o território de Mato Grosso do Sul, por um período de cinco anos. 

A ficha não caiu

Parece que a ficha ainda não caiu para os parlamentares de Mato Grosso do Sul. Faz tempo que se clama por leis mais restritivas que protejam os cardumes pesqueiros, mas eles vêm rejeitando um projeto de lei atrás do outro, sem se preocupar com a escassez dos recursos que são importantes para a subsistência de milhares de trabalhadores. 

Detalhe

Os próprios empresários de turismo pedem as restrições, ou seja, quem trabalha no setor sabe que as proibições não devem interferir no fluxo. Bem melhor é garantir que os cardumes se recomponham e continuem habitando o Pantanal do que ter movimento agora e depois não ter peixes no futuro.

O dourado

Já esteve com sua captura proibida por cinco anos em Corumbá. O prazo terminou este ano, mas a Câmara aprovou novo projeto com proibição agora por mais dez anos. Nesse período foi possível notar que os dourados pegos pelos pescadores aumentaram de tamanho, foram capturados peixes de até 15 kg, coisa que não se via há muito tempo. Os pescadores gostaram da briga com o rei do rio em tamanho maior e maior quantidade e isso provou que é possível ajudar os cardumes com normas restritivas sem prejudicar o turismo. 

Muitos Estados

A exemplo de Goiás e do Mato Grosso, já adotaram a pesca esportiva na modalidade pesque e solte, mesma solicitação que vêm fazendo os empresários de turismo de Mato Grosso do Sul. Bem, se aprovarem essa nova proposta, já é um indicativo de que os deputados começaram a pensar um pouco mais no Pantanal. 

Até porque

Boa parte dos turistas que têm vindo pescar no Pantanal não tem levado o peixe para casa. Eles dizem que é mais fácil comprar o pescado em suas cidades de origem do que levar e o que importa mesmo é o contato íntimo com a natureza pantaneira. Eles comem peixe dos rios da região dentro dos barcos, não se preocupam e nem querem levá-los para casa. 

Pelo preço

Quem vem a Corumbá gasta pelo menos uns seis mil reais para pescar cinco dias, incluindo as passagens aéreas. Um turista que paga isso, não está preocupado em levar o peixe, mas em viver as emoções de pegar um dos grandes exemplares em uma briga emocionante. Os empresários dizem que, quanto mais se restringir, maior ainda será a seleção do fluxo, o que será benéfico para o setor.