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Entre novembro e dezembro, FASP 2017 terá como pilar a cidadania cultural

Lívia Gaertner em 17 de Agosto de 2017

A 14ª edição do FASP (Festival América do Sul Pantanal) será realizada entre os dias 26 de novembro e 03 de dezembro. A data foi anunciada durante audiência pública realizada na noite de quarta-feira, 16 de agosto, no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Corumbá, onde a classe cultural esteve reunida para dar sugestões a fim de aprimorar o evento, que tem por objetivo promover o intercâmbio dos países sul-americanos por meio da cultura.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Secretário de Cultura e Cidadania de MS, Athayde Nery, presidiu a audiência pública

Ao justificar a data apresentada, o secretário de Estado de Cultura e Cidadania, Athayde Nery, que presidiu a audiência, explicou a necessidade de captação de recursos e lançamentos de editais para contratação de serviços que ofereçam a estrutura adequada à grandiosidade do evento, que se tornou um dos mais importantes dentro de Mato Grosso do Sul.

Entretanto, ao ouvir reivindicações do público presente sobre se fixar uma data para o FASP, o secretário mostrou-se aberto à discussão posterior, da mesma forma democrática e participativa da audiência, para a construção de um calendário que atenda o evento.

Com a proposta de envolver ainda mais o território de Corumbá no Festival, o secretário comentou que a população ribeirinha deverá ser envolvida na programação, além do resgate de atividades como o concurso “Soy Loco Por ti, América”, uma reivindicação surgida durante a audiência, assim como o reforço em oficinas, workshops e debates proporcionados pelo evento.

“A cidadania cultural é forjada em três pilares. Primeiro, os Direitos Humanos, temos que ter o respeito a todas as manifestações culturais. A outra questão é sobre a democracia que é o sistema mais importante dentro da construção humana, ela deve ser aprofundada. E finalizando com a paz. Cidadania cultural é entrelaçar esses sentimentos humanos e fazer deles um processo que influencie com valores as gerações vindouras, que eles tenham esse compromisso cívico com o futuro. (...) Não queremos vir aqui fazer show e ir embora feito gafanhoto. Queremos vir aqui e deixar um legado, uma construção, que aqui tem um povo generoso, trabalhador e que ama sua terra, seu país e a natureza que a preserva”, afirmou Athayde Nery.

Representantes de vários setores da cultura participaram das discussões

Essa declaração veio ao encontro de uma das reivindicações surgidas que foi justamente utilizar maior mão de obra local na produção e estrutura do evento, bem como abrir novos espaços para os artistas da terra.

Entre os representantes culturais presentes na audiência, o movimento da arte de rua levou uma grande representação que sugeriu a inserção do rap na programação. Articulados através das redes sociais, eles conseguiram mobilizar centenas de pessoas simpatizantes à causa.

“Festival América do Sul fala de cultura e diversidade e queremos trazer o rap nacional para Corumbá, um gênero que dificilmente vemos no Estado e queremos ver em Corumbá. Ele é importante porque insere muitas pessoas que estão à margem da nossa sociedade”, disse a estudante Gabriela Borges.

Representações de várias vertentes da cultura como o carnaval, o artesanato, a literatura, o teatro, também expuseram suas contribuições na construção de um Festival que transforme Corumbá na veia pulsante da América do Sul e que as experiências trocadas se propaguem não apenas na consciência do intercâmbio, mas de ações.

Oito dias de atividades

De acordo com o secretário de Cultura, Athayde Nery, a programação inicia no dia 26 de novembro com a realização de workshops e oficinas, além das atividades destinadas à população ribeirinha. A partir do dia 30 de novembro, inicia o calendário com shows, exposições, exibições de cinema, teatro e dança. As apresentações vão até 03 de dezembro. Para a edição deste ano, o Governo de Mato Grosso do Sul conseguiu a chancela da Lei Rouanet que permite captação de até R$ 2,4 milhões em investimentos.

Clóvis Neto/PMC

Prefeito Ruiter Cunha e o presidente da Fundação de Cultura, Luiz Mário Cambará durante reunião com Athayde Nery

Festival revitalizado recupera sua importância

Para o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, que recebeu o secretário Athayde Nery, na manhã de quinta-feira (17) a iniciativa de abrir discussão popular em torno do Festival permite revigorar o evento. “Revitaliza o Festival América do Sul e recupera a importância que tinha quando foi criado em 2004. Faz com que os diversos segmentos representativos da nossa cultura participem e se sintam, de fato, os verdadeiros protagonistas”, ressaltou.

Na avaliação do chefe do Executivo corumbaense, o conceito de cidadania cultural a ser trabalhado pelo FASP 2017 fará “com que jovens e crianças comecem a discutir o assunto e se interessem por cultura. É uma ferramenta importantíssima de inclusão”, disse.

Ruiter reforçou a parceria da Administração Municipal com o Governo do Estado para a realização da 14ª edição do Festival América do Sul Pantanal (FASP 2017). “Estado e Prefeitura estão juntos para através da cultura, da arte, novamente fazer de Corumbá, que já é o berço da cultura de Mato Grosso do Sul, se caracterize como importante polo cultural sul-americano”. Com assessoria de comunicação da PMC. (matéria atualizada para acréscimo de informação.