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Iphan lança emblema do Patrimônio Cultural Brasileiro

Agência Brasil em 16 de Agosto de 2017

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lançou hoje (16), em Belo Horizonte, o emblema do Patrimônio Cultural Brasileiro. O símbolo desenhado pelo designer carioca Fabio Lopez foi escolhido por concurso público e deverá ser usado em todos os bens considerados patrimônio nacional pelo Iphan, criando, assim, uma identidade visual única.

Divulgação/Iphan

Símbolo foi escolhido em concurso público

O lançamento do emblema ocorreu na véspera do Dia do Patrimônio Cultural no Brasil, celebrado amanhã (17). A cerimônia foi parte da programação do primeiro dia do Seminário Internacional Gestão do Patrimônio Moderno, que compõe as ações comemorativas de 80 anos do Iphan. O evento ocorre até o próximo sábado (19), no Museu de Arte da Pampulha, um dos edifícios integrantes do Conjunto Moderno da Pampulha, que recebeu no ano passado o título de Patrimônio Mundial da Humanidade concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O desenho de Fabio Lopez lembra uma mandala floral. "Quando comecei a estudar uma proposta, rapidamente ficou claro que seria difícil eleger um elemento mais representativo e figurativo. Não daria conta da pluralidade do conteúdo a ser representado. Por isso, parti logo por um caminho em busca de um emblema com caráter mais simbólico, que fosse menos figurativo e mais abstrato. Se eu elegesse uma forma arquitetônica ou uma festa popular ou ainda um objeto, eu estaria excluindo outros tipos de patrimônios do complexo cultural brasileiro”, diz ele.

De acordo com o designer, o símbolo passa uma mensagem de beleza, atração, interesse e proteção. “As pétalas rotacionadas formam uma espécie de corola e é a estrutura da flor que atrai os insetos polinizadores e também protege os órgãos de reprodução da planta”. Ele destaca ainda que a mandala é composta por fragmentos, passando a ideia de que cada patrimônio é parte de um todo.

Fabio Lopez se formou na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e é professor do departamento de Artes e Design da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Entre seus trabalhos, consta a participação na criação da marca olímpica do Rio 2016 e é responsável pelo logotipo do Centro Carioca de Design, órgão vinculado à prefeitura do Rio de Janeiro. Também criou selos postais para os Correios, entre eles uma série distribuída em 2013 sobre cemitérios tombados como patrimônio brasileiro.

Concurso

De acordo com o Iphan, mais de 280 propostas foram inscritas no concurso. Os trabalhos foram avaliados por uma comissão composta por representantes de instituições parceiras do órgão, entre elas o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) , a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) , a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), a Unesco, o Icomos e a Associação dos Designers Gráficos do Brasil.

O Iphan considera que a novidade inaugura novo marco para a promoção, difusão, sinalização e proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro. Também foi lançado manual para aplicação do emblema, que traz orientações técnicas para a produção de projetos gráficos relacionados ao patrimônio cultural no país. O documento já está disponível na página virtual do órgão.

“Precisamos identificar os patrimônios para a população em geral, tanto para os visitantes como também para moradores dos locais onde eles estão. Muitas vezes, as pessoas não sabem, porque não obtêm essa informação. O emblema possibilita ampliar a consciência acerca desse patrimônio”, diz Marcelo Brito, diretor do departamento de articulação e fomento do Iphan.

Segundo ele, a iniciativa também cria novas possibilidades para desenvolver o turismo. “É importante porque o patrimônio, além de ser um elemento de identidade e de valoração da cultura, possui também potencial para reforçar dinâmicas econômicas através de seu significado”.

A iniciativa do Iphan segue o exemplo do que já é feito com os patrimônios mundiais, que possui um emblema desde 1978. O símbolo escolhido pela Unesco foi criado pelo artista belga Michel Olyff. Ele desenhou um quadrado rotacionado ao centro se unindo a um círculo externo.

De acordo com a página oficial da Unesco, o quadrado simboliza os resultados da habilidade e da ação humana, enquanto o círculo celebra os presentes da natureza. O emblema seria redondo em referência ao planeta e, assim, retrata a proteção global para a herança de toda a humanidade.

 

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