Da Redação em 10 de Março de 2017
Renê Márcio Carneiro
Policiamento contou até com a cavalaria da PM
Com um aumento de apenas 14% no total de pessoas que trabalharam na segurança do Carnaval, em relação ao mesmo período no ano anterior, é possível observar um aumento nos resultados. Somente no número de pessoas abordadas por policiais, houve um salto de 198%. “Passamos de 264 policiais militares, guardas municipais e segurança privada em 2016 para 306 em 2017”, afirmou o coordenador da Agência Municipal de Segurança Pública, Jorge José Pinto de Castro.
De acordo com o balanço da Operação Carnaval, o planejamento de segurança começou a ser executado um mês antes. Foram abordados carros e motocicletas, houve a presença inédita da cavalaria e foram cumpridos mandados de prisão antes do evento. “Para a segurança, o Carnaval começou em janeiro, com treinamento da Guarda Municipal, com a vinda antecipada de policiais de inteligência e tática”, informou Jorge de Castro.
Para o comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar de Corumbá, tenente-coronel César Freitas Duarte, este foi o carnaval mais seguro dos últimos anos. Em 2016, em todos os dias de festa, cerca de 60 pessoas foram presas. Em 2017, até segunda-feira, 27 de fevereiro, o número de detenções havia caído pela metade. “Houve menos brigas e não houve nenhum crime grave”, confirmou.
Somente nos dias de Carnaval, foram apreendidas 35 armas brancas, entre elas, facas e canivetes, 83% a mais do que em 2016. Tais apreensões refletiram na Saúde. “Nao tivemos homicídios, nem atendimentos graves de politrauma, por agressão física com arma branca ou de fogo, por exemplo", citou o secretário de Saúde de Corumbá, Rogério Leite.
Mesmo com o aumento esperado da população flutuante, as unidades de saúde tiveram um atendimento dentro da normalidade. "Nos preparamos para atender esse aumento sazonal, mas o que nos surpreendeu foi que a demanda permaneceu normal, dentro daquilo que estamos acostumados no cotidiano", pontuou o secretário.
O Carnaval 2017 foi um piloto para os eventos nos anos seguintes. "Vamos equipar a Guarda Municipal, reforçar o monitoramento por vídeo e estabelecer mais parcerias com a Polícia", concluiu o coordenador de segurança. E, como não há setores isolados, os benefícios com a segurança também refletiram na economia de recursos públicos. “Ao evitar roubos e furtos, o serviço técnico do judiciário foi poupado”, explicou o comandante Freitas. Opinião compartilhada pelo secretário de Saúde. "Para se ter uma ideia, não tivemos gastos com CTI durante os dias de festa".
O forte esquema foi montado conjuntamente entre a Prefeitura, por meio da Agência Municipal de Segurança, a Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Estadual, DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Polícia Ambiental, além da segurança privada. A cidade recebeu reforço policial de Campo Grande (policiamento montado), Jardim e Aquidauana. Com informações da assessoria de comunicação da PMC.
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