Ricardo Albertoni em 17 de Fevereiro de 2017
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Padre Fábio explica que sepultamento de personalidades eclesiásticas nas catedrais onde serviram é comum
Divulgação Salesianos
Dom Vicente Bartolomeu Maria Priante foi um bispo salesiano da congregação de Dom Bosco
“Todo o Bispo por excelência deveria ser sepultado na catedral, que é a sede Episcopal. Toda Catedral deveria ter uma cripta, que é um espaço subterrâneo, lateral ou atrás do templo onde geralmente fica o túmulo dos Bispos. A basílica de São Pedro, em Roma, tem a cripta, onde ficam os túmulos dos Bispos, dos Papas. Da mesma forma, na sede de cada igreja diocesana, que é a Catedral, os bispos deveriam também ser sepultados no fim de suas vidas”, explicou o padre.
De acordo com informações do pároco da Catedral, no local não existe cripta. Dos treze Bispos de Corumbá que já faleceram, somente o quinto, que foi Dom Vicente Priante está sepultado no local. Os ossos que estavam em uma urna já oxidada pelo tempo, foram retirados por funcionários de uma funerária e acondicionados em material apropriado e após a conclusão da reforma, serão recolocados na igreja.
“Agora com a reforma, vamos colocar uma nova urna e possivelmente um vidro para que as pessoas vejam e que fique mais evidente, porque até então só tinha uma placa informando sobre os restos mortais do bispo. Vamos poder dar um pouco mais de dignidade para alguém que serviu a igreja e está aqui, que viveu o seu carisma na sua vida como o salesiano que foi e serviu a igreja de Corumbá como Bispo”, afirmou padre Fábio.
Dom Vicente Bartolomeu Maria Priante foi um bispo salesiano da congregação de Dom Bosco, fundador da congregação de freiras “Irmãs de Jesus Adolescente” na década de 1930. Nasceu em 1883, no município de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, e foi ordenado padre em 1912.
Chegou a Corumbá, então Mato Grosso, e foi ordenado 5º bispo da região em 1933. Morreu aos 61 anos de idade, em São Paulo, em 04 de dezembro de 1944. Em 1946, seus restos mortais foram transladados para Corumbá e sepultados na Catedral.
Restos mortais foram guardados e voltam para a igreja após a conclusão da reforma
Reforma da Igreja
Interditada desde junho do ano passado, a igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, passa por reforma e deve voltar a receber missas em dezembro deste ano. Em 02 de fevereiro, a Catedral construída por Frei Mariano de Bagnaia no século 19, tornou-se patrimônio histórico e cultural do município de Corumbá por meio de decreto assinado pelo prefeito Ruiter Cunha.
Na data de assinatura, o chefe do Executivo Municipal disse que a Prefeitura trabalha para viabilizar a chegada dos recursos do PAC Cidades Históricas para as obras de reforma da igreja, já que a Matriz é um dos projetos de Corumbá contemplados com recursos federais para sua recuperação.
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