PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Ruiter defende negociação com Petrobras e destaca corredor ferroviário

Marcelo Fernandes em 13 de Fevereiro de 2017

Sediar a reunião do governador Reinaldo Azambuja com autoridades bolivianas, na manhã desta segunda-feira, 13 de fevereiro, foi amplamente positiva para Corumbá. A avaliação é do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, após o encontro que discutiu o projeto do Corredor Ferroviário Bioceânico Central e alternativas para conter a queda na arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em razão da redução de compra do gás natural boliviano.

“Embora tenhamos esse aspecto negativo com relação ao gás natural, essa reunião foi fundamental. Trouxe um aspecto altamente positivo, que foi a expectativa dessa ferrovia bioceânica passando por Corumbá. O ministro boliviano mostrou que 80% desse trecho está concretizado. Há necessidade de construção em apenas 20% dele, enquanto outras propostas precisariam de muito mais, como licenciamento ambiental e outros estudos mais avançados. A proposta traz perspectivas de crescimento e desenvolvimento econômico com esse modal ferroviário de integração”, afirmou o prefeito durante entrevista coletiva.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Prefeito Ruiter Cunha destacou encontro binacional como positivo para Corumbá

Para o chefe do Executivo Municipal, o corredor ferroviário ligando o porto de Santos ao porto de Ilo no Peru, cruzando o território boliviano, é uma grande oportunidade para reativar a ferrovia em Corumbá e no próprio estado. “Se tivermos uma ferrovia recuperada, dotada de condições para escoar a produção, há como fazer com que empreendimentos entravados por falta de logística, passem a ter novo horizonte em Corumbá e, perspectivas de novos investimentos”, avaliou Ruiter.

No que diz respeito ao gás natural boliviano, o prefeito entende que precisa haver negociação com a Petrobras. “A Bolívia está oferecendo o gás, quem não está comprando é a Petrobras. A Bolívia não coloca obstáculos”, afirmou ao declarar que é preciso encontrar uma fórmula para fazer o gás ser aproveitado, na cidade, “como componente de matriz energética para outros empreendimentos”.

Ruiter disse ainda que a queda no ICMS por conta da diminuição do volume de compra do gás boliviano causou impactos na receita do Município. “Em dezembro, a arrecadação do gás foi em torno de 80 milhões de ICMS e em janeiro baixou para 35 milhões. Foi uma perda muito acentuada e com isso, perdem o Estado e os municípios, não só Corumbá. No valor adicionado para o ano que vem, Corumbá perderá mais ainda, na definição do índice de participação do município. Essa perda vai, infelizmente, significar uma redução maior de receita aqui na cidade”, ressaltou.

De acordo com o prefeito, ao assumir a administração em 1º de janeiro deste ano já havia esse indicativo. “Assumimos com esse diagnóstico e fazer com que a situação econômica fosse quase que em regime de guerra, vamos assim dizer, gastar no que é essencial e investir no que é prioritário. É redobrar ainda mais nossos esforços, para evitar dissabores futuros e uma situação de maior contingenciamento em razão da queda de receita”, finalizou o prefeito anfitrião do encontro binacional.

PUBLICIDADE