PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Stand Up Paddle tem prova decidida nos metros finais em Corumbá

Da Redação em 27 de Novembro de 2016

Só o percurso, de 35 quilômetros para atletas profissionais e de 30 para amadores, fez o Stand up Paddle ser uma das provas mais desgastantes do Pantanal Extremo. E a logística envolvida para levar os competidores do Porto Geral até a Baía do Tuiuiú, onde aconteceu a largada, também colaborou para tornar a competição uma das mais desafiadoras de todo o Circuito Nacional da modalidade.

O embarque dos remadores e suas pranchas nos navios da Marinha do Brasil aconteceu às 04 horas da manhã de sábado (26). Depois de subir o rio Paraguai, principal afluente da maior planície alagável do Planeta, eles finalmente chegaram no ponto de partida após quatro horas de viagem. E neste ano os atletas profissionais tiveram um desafio extra: subir o rio a remo por mais 2,5 quilômetros e só depois descer de volta ao Porto.

A novidade deixou a prova ainda mais técnica. Melhor para Guilherme Souza, Luiz Carlos Guida, Paulo Reis e Arthur Santacreu, que desde os primeiros metros se descolaram dos demais competidores. Revezando a ponta, o quarteto veio firme até a Ponte de Captação de Água, já a poucos metros da linha de chegada. Nesse trecho Guilherme e Luiz Carlos “Animal” abriram distância e lutaram pelo título da última etapa do Circuito Nacional remada a remada.

Divulgação PMC

Prova teve participação de mais de 80 atletas

E quem se deu melhor foi Guilherme, jovem atleta de Ilha Bela, São Paulo. “As condições estavam bem melhores que nos outros anos. Estava mais nublado, menos sol. Foi uma prova muito disputada, larguei bem, larguei na frente e consegui abrir um pouco, mas o 'Animal" conseguiu chegar na minha esteira e revezamos durante quase toda a prova, eu, Animal, o Arthur Santacreu e o Paulo Reis. Aqui no final, num ritmo muito, muito forte,  ele errou e isso fez com eu chegasse em primeiro”, descreveu Guilherme.

“Foi uma prova muito difícil e estou muito feliz. Acabei de voltar de uma competição internacional, onde fiquei em sexto lugar e voltei muito cansado do fuso horário, mas valeu a pena. Essa é uma das provas mais desafiadores que tem aqui no Brasil, talvez até no Mundo. É um sonho chegar aqui, ver essa paisagem linda, os animais na água, os jacarés. É um prazer vir pra cá competir”, completou o campeão.

Bicampeão da prova, Animal acabou lamentou a falha na reta final, mas ressaltou o prazer de competidor novamente no Pantanal Extremo. “Esse ano estava mais gostoso, estava menos calor. A gente fez uma boa prova e já na largada conseguimos abrir quatro pessoas ali e fomos liderando de ponta a ponta, revezando na frente. No fim, fiz uma estratégia para chegar em primeiro, mas acabei bobeando e não vi direito a chegada, achei que era na bóia, e me prejudiquei”, explicou. “São quatro anos competindo aqui e infelizmente não levei essa. Fiquei triste pra caramba, mas enquanto houver Pantanal Extremo estarei aqui", encerrou o segundo colocado. O terceiro foi Paulo Reis.

Circuito Nacional Feminino

Entre as mulheres, o título ficou com Lena Guimarães. “Foi duro, foi muito duro mesmo, porque eu larguei muito mal. Fiz a opção por uma prancha bem estreita porque aqui é liso, mas a largada estava igual mar. Nisso eu fui muito mal, fiquei em quarto ou quinto. Fiz uma prova de superação e cheguei aqui no meu limite. Estou muito feliz”, disse a atleta ao cruzar a linha de chegada após 4 horas remando.

Tricampeã da prova, Babi Brazil acabou chegando na oitava colocação. E Lena não poupou elogios à adversária. “Uma atleta do nível da Babi sempre vai ser campeã. Ela foi inspiração não só pra mim, mas para todas as mulheres que vieram, o esporte é assim. Tem outras atletas mais novas vindo aí e a tendência é elas ganharem da gente. Mas a Babi nunca vai perder a majestade. Ela é uma inspiração e muito do que eu remo hoje devo a ela”.

Com o título do Pantanal Extremo, Lena Guimarães termina o ano como campeã do Circuito Nacional. “Essa é uma prova muito boa. No primeiro ano fiquei em terceiro, no segundo em segundo e agora consegui ser campeã brasileira. Não poderia ser melhor. O clima estava bem mais ameno, mas mesmo assim não deixou de fazer calor não. Foi realmente uma prova de superação”, finalizou. Aline Adisaka, em segundo, e Ariani Theophilo, terceira, completaram o pódio feminino. Com informações da assessoria de comunicação da PMC.

 

PUBLICIDADE