Campo Grande News em 22 de Julho de 2016
Reprodução/Facebook
Leonid El Kadric de Melo, ou Abu Khalled já cumpriu pena de 18 anos e oito meses de prisão por homicídio
Assim como os outros nove suspeitos, Leonid foi preso pela Polícia Federal na Operação Hashtag. Eles estariam preparando atentados na Olimpíada do Rio. As informações foram publicadas no jornal Estadão, da última sexta-feira (22).
O sul-mato-grossense é mecânico em uma agropecuária em Campos de Júlio (MT), cidade onde mora. Durante o período em que esteve preso, em Araguaína (TO), El Kadri chegou a fugir da prisão e se apresentou em Vila Bela da Santíssima Trindade (MT). Atualmente divorciado, El Kadri cursa engenharia mecânica na Faculdade Anhanguera.
Leonid, assim como outros suspeitos, usava nomes árabes ou falsos para manter perfil em redes sociais, como o facebook e se comunicar. Na rede social, do sul-mato-grossense por exemplo, Leonid adotou o sobrenome Melo.
No total são 14 os suspeitos de estarem envolvidos com o grupo terrorista sendo eles: Alisson Luan de Oliveira, Antonio Ahmed Andrade, Caio Pereira, Teo Yoshi, Israel Pedra Mesquita, Leandro França de Oliveira, Leonid El Kadri de Melo, Muhammad Ali Huraia, Zaid Duarte, Ismail Abdul-Jabbar Al-Brazili, Zakaria Mounir, Ali Lundi, Valdir Mahmoud e Vitor Abdullah. Da lista, dois suspeitos foram conduzidos coercitivamente para depor e outros dois estão foragidos. A maioria, assim como Leonid mantinham nomes falsos.
Embora alguns tenham origem estrangeira, todos eram radicados no Brasil. Eles chegaram na última madrugada em uma aeronave da Polícia Federal. A vinda para MS ocorreu por decisão de cúpula, do Ministério da Justiça, mas sem um motivo específico, apenas por ser presídio federal. Eles permanecerão na triagem por 20 dias, com banho de sol na própria cela e depois seguem para celas separas com banho de sol no pátio.
Grupos ligados ao Estado Islâmico e outras facções jihadistas, estariam armando um plano para atacar o Brasil durante o evento, colocando Mato Grosso do Sul como possível alvo do terrorismo. A informação de que a fronteira poderia ser um dos meios de entrada de terroristas no Brasil, teria sido recebida por mensagens do aplicativo Telegram, conforme revelou análise do SITEIntelligence, consultoria especializada na atuação de grupos extremistas na internet, que é referência no tema até para o governo dos EUA.
O autor das mensagens orientou os seguidores a se aproveitarem das favelas do Rio onde a criminalidade é disseminada e a usarem a "porosa fronteira" com o Paraguai para levar armas ao Brasil Mato Grosso do Sul não irá sediar nenhum evento Olímpico, mas por estar localizado na fronteira entre Brasil e Paraguai, 1,5 mil quilômetros de extensão, seria a porta de entrada para os ataques. Nesta caso ainda é levado em consideração a baixa segurança desta região e as atividades ilícitas em abundância, como o narcotráfico, contrabando, descaminho de mercadorias e veículos roubados, poderia oferecer ainda mais facilidade o terrorismo.
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