PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Fuphan pode trabalhar com duas frentes para captar recursos para restauro da Matriz

Da Redação em 03 de Junho de 2016

Diretora-presidente da Fundação de Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico (Fuphan), a primeira-dama Maria Clara Scardini, disse ao Diário Corumbaense não ver obstáculos no desejo manifestado pelo bispo diocesano de Corumbá, Dom Martinez Segismundo Álvarez, em buscar recursos externos para realização de obras na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária. O projeto de restauro da Catedral integra o PAC das Cidades Históricas, do governo federal, mas a verba ainda não foi liberada pela União. “A gente conversou e disse ao bispo que não havia problema nenhum”, afirmou a presidente da Fundação.

Maria Clara contou que o bispo diocesano já havia lhe informado da possibilidade de a Igreja buscar a captação de recursos para a execução das obras. “Ele esteve conversando com a gente e nos disse que a Igreja teria capacidade de captar algum recurso fora. A intenção nossa, e dele, é ver aquele patrimônio restaurado. Todo dinheiro para recuperação é bem vindo”, enfatizou.

Ela argumentou que o Município pode ceder o projeto de restauro da Matriz – aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) –  para que a Diocese possa buscar recursos para a execução daquelas intervenções específicas. “Faríamos a doação de todo o processo, dos produtos do PAC Cidades Históricas e o recurso que chegasse primeiro seria utilizado. Ainda que não conseguisse o recurso em sua totalidade, veríamos o que seria possível começar a fazer, pelo menos as obras de base e quando chegasse o recurso do PAC, excluiríamos o que foi feito por eles e daríamos sequência com os recursos federais", enfatizou ao Diário Corumbaense.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Diretora-presidente da Fuphan disse que o Município pode ceder o projeto de restauro da Matriz para a Diocese

"O bispo nos encaminhou um ofício, montamos um processo para ele, encaminhamos ao IPHAN e o instituto nos enviou a aprovação. Agora, vamos formular uma espécie de termo de cooperação, porque temos de acompanhar e fiscalizar. Caso consiga recursos, a gente tem a obrigação de fiscalizar para que seja cumprido fielmente o que está no projeto”, argumentou a presidente da Fuphan, responsável pela administração dos projetos do PAC Cidades Históricas em Corumbá.

Essa aprovação a que se referiu a primeira-dama está relacionada ao “nosso projeto do PAC Cidades Históricas”, disse ela esclarecendo que será justamente “esse do PAC que vamos encaminhar para o bispo para que tente recursos também”, complementando que o Município trabalhará com “duas frentes de tentativa de recursos, uma com o IPHAN pelo PAC Cidades Históricas e outra com o bispo. De repente, ele consegue uma parte, ou todo o recurso. De qualquer forma, aguardamos o PAC liberar recursos”, completou.

Segundo a diretora-presidente da Fundação de Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico, há pelo menos dois anos e meio que o Município trabalha para que os recursos sejam liberados e as obras possam ser executadas. “A Igreja Matriz, devido a sua importância, o estado de conservação, apresentamos o projeto, que foi aprovado e a partir daí começamos a cumprir uma série de exigências que o IPHAN faz para que pudéssemos aprovar, de fato, o recurso. Trabalhamos em cima de pesquisa, prospecção pictórica e de uma série de quesitos técnicos, desenho, elaboração de planilhas, orçamento. A Fuphan encaminha para o IPHAN, que analisa e devolve com pendência, corrigimos, vai, volta, mas isso é um trâmite normal. Precisava adequar às normas do Ministério da Cultura, nisso foram dois anos e meio”, revelou ao comentar a barreira burocrática enfrentada.

Ao Diário, Maria Clara explicou que os projetos aprovados por Corumbá no PAC Cidades Históricas aguardam a liberação de recursos. Estão em andamento as readequações do Jardim da Independência e da Praça da República. Os outros oito, incluindo o restauro da Igreja Nossa Senhora da Candelária, estão na fila esperando a chegada do dinheiro.

“Nessa crise e diante da situação toda do país, estamos na fila de espera aguardando. Atendemos os aspectos técnicos, está tudo ok, porém a gente aguarda os recursos. Nossa preocupação é grande com a preservação desses bens, mas infelizmente estamos amarrados, esperando recursos”, concluiu.

De acordo com a Fuphan, o projeto de restauro total da Igreja Matriz, enviado ao PAC das Cidades Históricas, tem custo de R$ 1,8 milhão e prazo de execução de 10 meses a 1 ano.

 

PUBLICIDADE