Competição aconteceu no Arthur Marinho
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional da PMC em 16 de Agosto de 2014
Fotos: Marcos Boaventura/PMC
Competição foi no estádio Arthur Marinho e reuniu 140 participantes
O festival idealizado em 2013, está permitindo resgatar esta brincadeira e, ao mesmo tempo, conscientizar a população de uma forma geral, quanto ao uso do cerol nas linhas que empinam as pipas, conhecida também como pandorga, um material extremamente perigoso, cortante, que coloca a vida de terceiros e de quem a está empinando, em risco.
E no festival, os 140 participantes demonstraram consciência. Ninguém utilizou o cerol e até as "guerras de pipas" foram deixadas de lado. A disputa era mesmo para conquistar os títulos de maior e menor pipa, a mais criativa e a mais engenhosa. “Eu sempre gostei de brincar de soltar pipa, mas nunca usei o cerol. Sei que é perigoso”, observou um dos competidores, o pequeno Emanuel Junior de Souza, 10 anos, morador na Cervejaria.
Ele estava ansioso pra chegar logo a sua bateria. Foram 14 ao todo, cada uma com dez concorrentes. O amigo dele, Leonardo Samuel, também de 10 anos, morador na Cervejaria, era outro que estava só aguardando entrar no campo, para empinar o seu "papagaio", outro nome também bastante usado no Brasil. E a exemplo de Emanuel, disse nunca ter “usado o cerol” e que sabe que é um material perigoso.
“Estamos realizando este festival para resgatar uma brincadeira de criança e também para conscientizar a população sobre os perigos que o cerol representa. E não são somente as crianças os nossos alvos. Estamos também buscando conscientizar os pais para ficarem atentos sobre a aplicação do cerol nas linhas das pipas dos filhos. E estamos tendo êxito”, explicou o diretor-presidente da Funec, Elvécio Zequetto.
Maior e menor pipa, a mais criativa e a mais engenhosa foram premiadas
Enquanto as crianças "competiam" no interior do gramado do Arthur Marinho, os pais ficavam próximo às arquibancadas, torcendo pelos filhos. Um deles foi Waldemir Pereira de Souza, morador no Aeroporto, e pai de Bruno Felipe, 12 anos, que estava com uma "pipa avião", concorrendo na criatividade e também engenhosidade, “sem usar o cerol”, segundo Waldemir que considerou “uma campanha muito boa, correta, e que deve ser constante. O cerol pode causar sérios ferimentos e até morte”, comentou.
A mãe do pequeno Iber de Souza, 10 anos, Carla Pereira, chegou cedo ao Arthur Marinho para acompanhar o filho na disputa. Moradora no bairro Popular Nova, ela é a favor da campanha. “Ótima. É preciso conscientizar as crianças e até os adultos, que não pode utilizar um material como este. Meu filho nunca usou e eu não deixo”, contou.
Tradição popular
O prefeito Paulo Duarte, que está licenciado do cargo, passou pelo Arthur Marinho, e conversou com as crianças e com os pais. “Em plena era em que a revolução tecnológica está cada vez mais presente na vida das nossas crianças que já nascem em um mundo conectado, que aprendem com facilidade a utilizar smartphones, tablets, que interagem com jogos, filmes e vídeos disponibilizados pela Internet, nada como chegar logo cedo ao Estádio Arthur Marinho e encontrar centenas de crianças, acompanhadas dos pais, se divertindo com uma brincadeira de criança, de adolescente, de jovens e até de adultos, muito comum na nossa infância, a pipa, a pandorga como nos acostumamos a dizer em Corumbá”, comentou.
Segundo ele, o festival está sendo importante para resgatar uma tradição popular, além de “conscientizar não só nossas crianças, mas toda a população em relação ao uso do cerol nas linhas que empinam as pandorgas. Trata-se de um material extremamente cortante que pode causar sérios problemas que pode trazer riscos para quem aplica e para quem usa, com riscos para a vida de pedestres, ciclistas e motociclistas”, enfatizou.
O festival foi promovido pela Prefeitura, por meio da Fundação de Esportes de Corumbá (Funec), em parceria com a Agência Municipal de Trânsito de Corumbá (Agetrat), Corpo de Bombeiros, Secretaria Municipal de Educação, Conselho Tutelar e Policia Militar.
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