Da Redação em 24 de Outubro de 2025
Divulgação

Durante seis anos, Agustín viveu intensamente a rotina artística da companhia de dança
“O Moinho Cultural representa transformação. Cresci e evoluí muito ali, tanto artisticamente quanto pessoalmente. Foram seis anos cheios de amor e suor, de festivais, aulas, viagens e apresentações. Cada sorriso, cada ensaio, foi uma troca de vida”, relembra o bailarino.
A relação de Agustín com o Moinho começou em 2019, quando foi contratado para integrar a Cia de Dança do Pantanal. “Lembro de entrar na instituição, um prédio enorme, cheio de vida e cores. A sala de ensaio era linda. Minhas primeiras lembranças são dos preparativos para o festival de dança em Portugal. Foi ali que conheci a madrinha do Moinho Cultural, Beatriz de Almeida, e o coreógrafo Chico Neller, dois artistas que marcaram meu início”, recorda.
Durante seis anos, o bailarino viveu intensamente a rotina da companhia, participando de seis edições do Moinho in Concert, além de diversas viagens, apresentações e festividades. “A Cia leva o Pantanal para o mundo, e isso tem uma importância enorme. É conhecer, aprender e preservar um bioma essencial”, destacou.
Intercâmbios e voos internacionais
De Portugal a Paris, Agustín representa uma geração de artistas formados no Moinho Cultural que cruzam fronteiras com propósito. “O Moinho Cultural, e a Márcia, sempre incentivaram o intercâmbio cultural e o diálogo com outras realidades, criando pontes e permitindo trocas que ampliam nossa visão como artistas e como pessoas”, explica.
Os intercâmbios, segundo ele, foram experiências transformadoras. “Cada aula, cada ensaio, foi um aprendizado sobre corpo, cultura e humanidade. Tive trocas com pessoas de Portugal, França, Itália, Espanha, Coreia do Sul e Canadá — e cada uma foi única. Tenho certeza de que levo um pouco de cada comigo”, diz.
Entre as memórias mais marcantes, o bailarino cita a primeira viagem a Portugal e o momento em que interpretou Fernão Capelo Gaivota, personagem que se tornou símbolo de sua trajetória. “Também guardo com carinho minha primeira viagem ao Rio, junto da Márcia e de dois colegas, e a viagem a Paris, em 2022, que foi inesquecível, especialmente por estar junto dos meus amigos Wellington Júlio e Núbia Santos. Todos os espetáculos da companhia foram marcantes pra mim”, conta.
Hoje, Agustín segue sua jornada artística com o mesmo brilho que o acompanhou desde o Pantanal, levando o nome do Moinho Cultural e da Cia de Dança do Pantanal por onde passa. “Quero continuar me desafiando, criando novas obras e colaborando com outros artistas. Também tenho vontade de fortalecer projetos que unam arte, educação e impacto social, inspirando novas gerações assim como um dia fui inspirado no Moinho Cultural”, afirma.
Mesmo distante fisicamente, o vínculo com o Instituto segue forte. “O vínculo com o Moinho é permanente. Tenho um carinho enorme pela Cia e pela instituição. Carrego comigo a essência do que vivi ali e quero voltar um dia para compartilhar tudo o que aprendi”, diz.
Ao olhar para trás, o bailarino reconhece no Moinho Cultural um divisor de caminhos. “Vejo o Moinho como uma porta aberta para o futuro. Ele forma artistas e cidadãos. O impacto vai além da dança, da música ou da literatura — é sobre amor, cuidado, garra e esperança. É uma constante transformação”, destaca.
Aos jovens que sonham seguir carreira artística, Agustín deixa um conselho cheio de propósito: “Acreditem no processo. Nem sempre o caminho será fácil, mas cada passo tem valor. A dança e a música são mais do que técnica — são entrega, verdade e amor. Persistam, estudem, se escutem e deixem que a arte transforme vocês, assim como transformou a mim. Sonhem grande, com humildade e carinho.”
Em dezembro, o bailarino retorna a Corumbá para participar do espetáculo Moinho in Concert, encerrando mais um ciclo da história que começou no coração do Pantanal.
Sobre a Cia de Dança
A Cia de Dança do Pantanal foi criada em 2017, como uma das ações integradas do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano. O intuito desde o início é de proporcionar acesso e oportunidade de profissionalização de bailarinos oriundos de projetos sociais sul-americanos, bem como representar o território pantaneiro, divulgando a dança com repertórios que incluem peças neoclássicas e contemporâneas, criadas por coreógrafos nacionais e internacionais.
Com informações da assessoria de imprensa.
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