Rosana Nunes em 23 de Outubro de 2025
Divulgação/MPMS

Operação cumpriu mandados em Campo Grande, Corumbá e Itaporã
A ação é conduzida pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), em apoio à 1ª Promotoria de Justiça de Itaporã, e conta com o suporte operacional do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Corumbá e Itaporã.
De acordo com o MPMS, os mandados foram expedidos pela Justiça no âmbito de uma investigação que apura os crimes de organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e corrupção passiva.
As investigações apontam a existência de um grupo criminoso estruturado que, desde 2022, vinha fraudando processos de dispensa de licitação voltados à contratação de sistemas de backup em nuvem para o Poder Executivo de Itaporã.
Segundo o Ministério Público, empresários e agentes públicos teriam atuado em conluio para direcionar licitações a uma empresa específica, utilizando propostas fictícias e exigências técnicas elaboradas sob medida para restringir a concorrência. Em troca, servidores públicos envolvidos no esquema receberiam vantagens indevidas.
Nota da Prefeitura
Em Corumbá, o mandado de prisão cumprido foi o do secretário Municipal de Governo e Gestão Estratégica, Nilson dos Santos Pedroso, que foi superintendente de compras e aquisições governamentais na Prefeitura de Itaporã na gestão passada.
A Prefeitura de Corumbá, por meio de nota, informou que "tomou conhecimento da prisão do secretário e acompanha o desenrolar dos acontecimentos, observando a lei e a presunção de inocência".
"Outras informações serão prestadas caso haja necessidade, quando houver desdobramentos oficiais do processo. A atual gestão reafirma seu compromisso com a legalidade, transparência e com a moralidade administrativa, não pactuando com qualquer desvio de conduta, abuso ou irregularidade no âmbito do serviço público municipal", encerra a nota.
A operação
O nome da operação, “Fake Cloud” — que em tradução literal significa “nuvem falsa” — faz referência ao objeto dos contratos investigados, uma vez que o serviço de backup em nuvem contratado não era efetivamente fornecido ao município.
O MPMS informou que as investigações continuam para identificar todos os envolvidos e o montante de recursos públicos desviados.
Com informações da assessoria de comunicação do MPMS.
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