Rosana Nunes em 21 de Outubro de 2025
Divulgação/Câmara de Corumbá

Vereador Roberto Façanha, coordenou as discussões da audiência pública
O encontro reuniu autoridades, representantes do setor produtivo, entidades e a sociedade civil para discutir a renovação da concessão, modernização e reativação da linha férrea que liga Mairinque (SP) a Corumbá (MS), em um trecho de 1.973 quilômetros. Esta foi a terceira audiência sobre o tema, após as realizadas em Campo Grande e Mairinque. A próxima está marcada para 31 de outubro, em Bauru (SP).
Atualmente sob concessão da Rumo Logística, a ferrovia está subutilizada há quase três décadas e passa por processo de relicitação, uma vez que o contrato atual termina em 2026. O governo federal e a ANTT estimam investimentos de aproximadamente R$ 15 bilhões para a modernização dos trilhos, terminais e oficinas.
Façanha ressaltou que a retomada da Malha Oeste é essencial para a redução de custos logísticos em até 30%, a geração de cerca de 40 mil empregos diretos e indiretos e o fortalecimento do Corredor Bioceânico, que deve ligar o Porto de Santos (SP), no Atlântico, aos portos de Ilo (Peru) e Arica (Chile), no Pacífico. “É uma oportunidade que está permitindo às Prefeituras, Câmaras Municipais, representantes dos mais diferentes segmentos da sociedade civil, apresentem sugestões, críticas e demandas locais, que podem influenciar ajustes no projeto, discutindo inclusive aspectos ambientais, criação de empregos, logística regional, movimentação de cargas, e integração com portos e fronteiras, especialmente com a Bolívia, a partir de Corumbá”, acrescentou.
O governador Eduardo Riedel, em vídeo exibido durante a audiência, destacou a necessidade de integrar os diferentes modais de transporte — rodoviário, ferroviário e hidroviário — para tornar o Mato Grosso do Sul mais competitivo. Lembrou que a hidrovia do rio Paraguai é um desafio grande que impacta diretamente Corumbá e região, principalmente em relação ao minério, aos grãos, e que, a reativação da Malha Oeste pode permitir uma estrutura logística que garante desenvolvimento mais sustentável, competitivo, com maior eficiência dos modais de transporte para todo o Mato Grosso do Sul. Ele também defendeu a importância da mobilização política e institucional para viabilizar o projeto.
Divulgação/Câmara de Corumbá

Encontro reuniu autoridades, representantes do setor produtivo, entidades e a sociedade civil
Elton Gobi, representando a prefeita de Bauru, Suéllen Rosim, classificou Corumbá como “estratégica para o futuro da ferrovia brasileira”, destacando que a Malha Oeste é mais do que uma linha férrea: “é um eixo de integração nacional e continental”.
Já o secretário de Articulação Política e Estratégica Marcos de Souza Martins, que representou o prefeito de Corumbá, Dr. Gabriel Alves de Oliveira, disse que o modal ferroviário é essencial para logística, integração e geração de empregos. "Quero registrar o sentimento de resistência e inconformismo que o povo dessa terra tem em relação ao desmonte da nossa ferrovia. É incompreensível ver essa quantidade de caminhões na rodovia, causando acidentes e acabando com a BR-262, enquanto temos um modal de ferrovia a ser revitalizado. Não se trata apenas de uma visão municipal, mas visão estratégica, para o Mato Grosso do Sul, Brasil e a América do Sul", .
O presidente da Câmara, Ubiratan Canhete de Campos Filho, Bira, relembrou o período em que o único meio de transporte entre Corumbá e Campo Grande, era o trem da Noroeste do Brasil, e que fez a primeira viagem de ônibus após a adolescência. “Hoje a realidade, infelizmente, é outra, e estamos discutindo aqui, a reativação da ferrovia. A recuperação da Malha Oeste é uma importante alternativa para Corumbá escoar sua produção mineral pela ferrovia até o Pacífico, e de lá para a Asia e Europa”, enfatizou.
Com informações da assessoria de imprensa da Câmara de Corumbá.
Marcelo Anjos: Particulamente fico muito feliz que esta discursao retorne. Principalmente modal de cargas, onde a economia de Corumbá iria ter uma pulsaçao, iria eliminar ( no minimo reduzir) caminhoes de cargas, ( principalmente minerio de ferro e Mn), provavelmente as transportadoras nao iriam gostar muito. O modal ferroviario, acredito que nao seria viavel, face pouco retorno financeiro. Porém ha um mas, o custo alto desse investimento é a barreira, assim dizem. Esperamos que essa reuniao que tiveram, realmente saia dos discursos, pois Corumbá está necessitando urgentemente, pois estamos na UTI econicamente.
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