Leonardo Cabral em 20 de Outubro de 2025
Reprodução/Unitel TV

Escassez de combustíveis atinge praticamente todas as regiões bolivianas e novo presidente prometeu solução para a crise
Paz disse que o governo definirá quais empresas e estruturas logísticas participarão do processo de normalização do fornecimento, reforçando que a população “precisa ter segurança diante dessa situação”.
Segundo o presidente eleito, o vice-presidente Edmand Lara relatou a ele as longas filas que se formam nos postos de gasolina em várias cidades do país. “Isso deve ser resolvido imediatamente”, afirmou Paz, destacando que as medidas emergenciais serão resultado de um esforço conjunto iniciado ainda durante a campanha eleitoral.
A escassez de combustíveis atinge praticamente todas as regiões bolivianas e se agravou nas últimas semanas. Em Santa Cruz de la Sierra, a cerca de 650 quilômetros da fronteira com Corumbá, as filas nos postos se estendem por vários quarteirões. Caminhoneiros, transportadores de carga e motoristas particulares esperam por horas para conseguir diesel e gasolina.
A situação é semelhante na região de fronteira com o Brasil. A crise ocorre em meio à crescente instabilidade energética e a denúncias de corrupção na estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), o que aumentou a desconfiança da população em relação à gestão do abastecimento no país.
Ao comentar sobre o setor de hidrocarbonetos, Paz afirmou que os US$ 60 bilhões que entraram no país por meio do gás natural foram “desperdiçados” pelos governos anteriores do Movimento ao Socialismo (MAS). Segundo ele, seu governo adotará uma “postura agressiva” para abrir novas oportunidades econômicas e garantiu que os contratos futuros serão transparentes.
Crise do dólar e política cambial
Em relação à escassez de dólares, o presidente reiterou a proposta de implementar um sistema de bandas cambiais, medida que havia sido apresentada durante a campanha eleitoral. O objetivo, segundo ele, é alcançar maior estabilidade e competitividade para o boliviano, a moeda local.
“Deixamos bem clara a questão do uso de bandas porque o mercado de ações é uma área muito complexa e remonta à década de 1990. Estamos no século XXI, com flexibilidade e capacidade de entender o dólar tanto interna quanto externamente nos mercados. Explicaremos isso oportunamente”, afirmou.
Paz também declarou que o Banco Central da Bolívia (BCB) terá papel de supervisão nesse modelo e que o governo não pretende fixar o preço do dólar, mas administrar as flutuações da taxa de câmbio dentro de faixas controladas.
Com informações da Unitel TV.
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