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Rodrigo Paz é eleito presidente da Bolívia em meio a crise econômica

G1 em 20 de Outubro de 2025

AFP Via Getty Images

Senador de 58 anos foi eleito em segundo turno com 54% dos votos

presidente eleito da Bolívia, Rodrigo Paz, afirmou neste domingo (19) que o país "respira ventos de mudança e renovação para seguir em frente". A sua vitória marca uma guinada à direita da Bolívia, que foi governada pela esquerda nos últimos 20 anos.  

Em discurso após o anúncio do resultado, Paz, de 58 anos, agradeceu o apoio durante a campanha e afirmou que "Deus, pátria e a família" são a base de uma visão que, junto com seu vice-presidente, Edman Lara, têm "para o país e para todos os bolivianos".  

Paz também agradeceu ao Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) pela transparência do processo e a seu oponente, Jorge Tuto Quiroga, e o companheiro de chapa dele, Juan Pablo Velasco,  parabenizarem por sua vitória.  

Paz é filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora. Ele nasceu no exílio durante a ditadura militar e foi educado nos Estados Unidos. Também indicou abrir diálogo com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente eleito afirmou ainda que a Bolívia começará a recuperar, “passo a passo”, sua presença no cenário internacional. Ele agradeceu às mensagens dos presidentes do Panamá, Paraguai, Uruguai, Equador, Peru e dos Estados Unidos.   

“Manter uma relação próxima com um dos governos mais influentes do mundo é parte essencial das soluções que precisamos implementar e da forma como iniciaremos este governo com firmeza. Com as mãos estendidas dentro do país — do Parlamento ao setor privado e às diversas organizações nacionais — compartilhamos um mesmo propósito: abrir a Bolívia ao mundo”, concluiu Paz.  

Paz foi eleito com 54,5% dos votos, com 91,2% dos votos apurados. Durante a campanha, ele afirmou que quer conquistar os eleitores frustrados com a esquerda por meio de propostas mais moderadas para neutralizar a polarização no país. 

MAS

Com falta de dólares e de combustíveis, além de uma inflação em 12 meses que ultrapassa os 23%, os eleitores deixaram para trás no primeiro turno o partido Movimento ao Socialismo (MAS), liderado por Evo Morales, dominante no país por duas décadas. 

Assim terminará uma era iniciada por Morales em 2006 e encerrada por seu sucessor e hoje adversário Luis ArceSob a esquerda e o MAS, a Bolívia viveu um ciclo que passou da bonança proporcionada pela nacionalização do gás à queda dramática da produção do recurso que praticamente secou a fonte de divisas.

A posse do novo presidente está marcada para 8 de novembro. 

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