Campo Grande News em 25 de Setembro de 2025
Divulgação/Polícia Civil

Monomotor caiu em área distante 100 km do centro de Aquidauana
A investigação no local começou na noite do acidente, com equipe especializada em acidentes aéreos da Polícia Civil, pertencente ao Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), que isolou a área e ouviu testemunhas. A aeronave caiu em área de mata, a 100 km do centro de Aquidauana.
Em nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) informou que a investigação será concluída no menor prazo possível, "considerando a complexidade da ocorrência e a necessidade de identificar os possíveis fatores contribuintes". Ao término das atividades, o relatório final será publicado no site do Cenipa, disponível a toda a sociedade.
O CENIPA ressalta que somente se pronuncia oficialmente sobre os resultados de suas investigações por meio da publicação do Relatório Final SIPAER, conforme disposto no art. 88-H da Lei nº 7.565/1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica – CBA).
Ontem, a delegada titular do Dracco, Ana Cláudia Medina, disse que já se sabe que a aeronave levantou voo por volta das 7h, fazendo sobrevoo e passando por três fazendas.
Já no começo da noite, por volta das 18h20, tentou pousar na pista próxima da Fazenda Barra Mansa. “Ele veio com uma performance não muito alinhada para o primeiro pouso, aí, quando vinha para o segundo pouso, as testemunhas já perderam a localização da aeronave”, contou a delegada. Depois disso, quem estava em solo viu a fumaça e encontrou os destroços.
Reprodução

Da esquerda para a direita: Kongjian Yu, Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, Rubens Crispim Junior e Marcelo Pereira Barros
De acordo com o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), o arquiteto e os dois diretores viajaram para o Pantanal no sábado (20) e retornariam a Campo Grande na terça-feira, dia do acidente.
A aeronave tem registro regular na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), mas não tinha permissão para táxi aéreo. A delegada diz que ainda está sendo averiguado se o piloto, Marcelo Pereira de Barros, 59 anos, tinha alguma certificação que autorizava o voo comercial.
Em se tratando de voo panorâmico, a Anac informou que a atividade desse serviço pago se enquadra nos parâmetros de Serviços Aéreos Especializados, cujas regras estão definidas no RBAC (Regulamento Brasileiro da Aviação Civil) nº 136.
Este regulamento estabelece normas específicas para a realização de voos panorâmicos, definidos como passeios aéreos turísticos com decolagem e pouso no mesmo ponto, sem paradas intermediárias. A regulamentação exige que as empresas obtenham certificação na Anac, operem apenas sob regras de voo visual e mantenham aeronaves em conformidade com requisitos de manutenção e segurança.
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