Rosana Nunes em 21 de Agosto de 2025
Edu Clicks/IHP

Brigada Alto Pantanal foi criado pelo IHP em 2021
Ao todo, as ações abrangem mais de 285 mil hectares, território que concentra grande diversidade de fauna, incluindo espécies como onça-pintada, tamanduá e anta.
Criada em 2021 pelo IHP, a Brigada Alto Pantanal já desenvolve diferentes estratégias de prevenção, educação ambiental, recuperação de áreas atingidas e apoio a comunidades locais na região da Serra do Amolar, na divisa entre Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Bolívia. Com a nova parceria, a iniciativa recebe transferência de tecnologia e expertise do Onçafari, ampliando a capacidade de atuação.
Para o fundador e CEO do Onçafari, Mario Haberfeld, a cooperação entre instituições é essencial. "A conservação não se faz sozinha. A parceria com o IHP, na frente anti-incêndio, é um exemplo de como a colaboração pode fazer a diferença. Juntos, protegemos a biodiversidade e fortalecemos as ações de prevenção", afirmou.
O presidente do IHP, Angelo Rabelo, destacou que o enfrentamento aos incêndios exige esforço coletivo. "A prevenção precisa ser feita com a participação de diferentes atores. O compromisso do IHP é preservar o Pantanal e proteger sua biodiversidade, em sintonia com os objetivos já desenvolvidos pelo Onçafari", disse.
Edu Clicks/IHP As atividades estão com calendário de ações intensificadas nesse período mais crítico e seguem até o final do ano
A atuação da brigada segue os princípios da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PNMIF), validada para o Brasil em julho de 2024. Antes mesmo do período mais crítico de incêndios no bioma, entre agosto e outubro, o grupo já realizou plantio de mudas, mapeamento de áreas de risco, construção de aceiros e identificação de pontos com maior acúmulo de vegetação seca. As ações devem se intensificar até o fim do ano.
Cenário de risco
Entre 2020 e 2024, o Pantanal enfrentou a pior estiagem em mais de 120 anos. Em 2023, o rio Paraguai chegou a -0,69 cm na régua de Ladário, mantida pela Marinha do Brasil - considerado um dos principais indicadores da seca na região.
O impacto da estiagem aumenta o risco de incêndios florestais. Em 2020, o fogo atingiu cerca de 26% do bioma e matou aproximadamente 17 milhões de animais vertebrados, segundo estudo encabeçado pela Embrapa Pantanal. Já em 2024, as queimadas alcançaram em torno de 17% do território.
Com informações da assessoria de imprensa.
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