Da Redação em 15 de Agosto de 2025
Saul Schramm/Secom MS

Novo modelo hierarquizado e regionalizado reorganiza fluxos, reforça papéis por porte de município e amplia investimentos para garantir atendimento adequado em todas as regiões
O modelo define que:
Cidades pequenas terão foco na atenção primária, com atendimento em UBS, vacinação, acompanhamento de doenças crônicas e consultas com clínicos gerais;
Cidades médias vão fortalecer a atenção secundária, oferecendo especialistas, exames de maior complexidade e urgência/emergência;
Cidades grandes concentrarão a alta complexidade, como cirurgias especializadas, UTI, transplantes e casos graves.
A medida atende à Resolução nº 598/CIB/SES, que estabelece parâmetros de resolutividade e complexidade para cada tipo de hospital, e pretende corrigir distorções que sobrecarregam unidades de referência com casos simples.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, a reorganização permitirá “melhorar fluxos, reduzir filas e garantir que cada paciente seja atendido no local certo, no tempo certo, pelo nível de assistência adequado”. Ele destaca que o Hospital Regional, em Campo Grande, - referência em alta complexidade - ainda recebe casos de demanda espontânea no pronto atendimento.
“Um hospital desse porte deve ser voltado exclusivamente a pacientes que necessitam de cuidados complexos. Casos mais simples, como dor abdominal leve ou unha encravada, precisam ser direcionados às UBS ou UPAs”, afirmou.
Desde 2023, já foram investidos mais de R$ 2,2 bilhões na regionalização, incluindo obras, compra de equipamentos, veículos, capacitação e incentivos aos municípios. Entre os avanços, estão:
Hospital Regional de Três Lagoas já em funcionamento;
Hospital Regional de Dourados com previsão de início em 2025;
Parceria Público-Privada (PPP) do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, com quase R$ 1 bilhão em investimentos e ampliação de 362 para 577 leitos.
O plano também prevê novo modelo de financiamento para Hospitais de Pequeno Porte (HPPs), para ampliar a resolutividade local e evitar deslocamentos desnecessários de pacientes.
Para a diretora-presidente da Fundação Serviços de Saúde de MS, Marielle Alves Corrêa Esgalha, a reorganização “garante que cada nível de atenção do SUS cumpra seu papel: a atenção primária na prevenção; a média complexidade com especialistas e exames; e a alta complexidade nos hospitais de referência, preparada para procedimentos de alto custo e tecnologia avançada”.
PAM do Hospital Regional atenderá apenas via regulação
Como parte das mudanças, a partir de segunda-feira (18), o Pronto Atendimento Médico (PAM) do HRMS passará a receber apenas pacientes encaminhados pela regulação. A população que precisar de atendimento de urgência deverá procurar a UPA ou CRS mais próxima.
A medida tem como objetivo otimizar a atuação do HRMS em alta complexidade, fortalecer unidades voltadas para baixa e média complexidade e reduzir filas, garantindo mais agilidade no atendimento a pacientes regulados de outras unidades hospitalares.
Com informações da Agência de Notícias da Secom MS.
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