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MS segue sem casos de sarampo, mas intensifica ações diante de registro no Paraguai

Rosana Nunes em 06 de Agosto de 2025

Renê Marcio Carneiro/PMC

Uma das ações de vacinação contra o sarampo em Corumbá

Mesmo após a confirmação de um caso de sarampo no Paraguai, o Mato Grosso do Sul continua sem registros da doença em 2024 e 2025. De acordo com dados da Gerência de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde (SES), cinco casos suspeitos estão em investigação, todos monitorados conforme os protocolos de vigilância epidemiológica.

Com o registro da doença no país vizinho, a SES vai passar a integrar reuniões semanais com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), coordenadas pelo Ministério da Saúde, visando alinhar estratégias de contenção, principalmente nas regiões de fronteira. A primeira reunião ocorreu na terça-feira (05), com participação da equipe técnica da Gerência de Imunização do Estado.

“Nós não temos caso confirmado em Mato Grosso do Sul e estamos trabalhando para manter esse status. Por isso é tão importante vacinar quem está em áreas estratégicas e aumentar a cobertura em toda a população”, destacou o gerente de Imunização da SES, Frederico Moraes.

Desde a confirmação dos primeiros casos na Bolívia este ano e o risco de reintrodução do vírus, o Governo do Estado, por meio da SES, intensificou as ações de bloqueio, com foco nos municípios de Corumbá e Ladário. Nessas cidades, estão sendo realizadas campanhas de vacinação, bloqueio vacinal, busca ativa de sintomáticos e ações educativas, em parceria com o Ministério da Saúde e as secretarias municipais.

Dia D reforça vacinação na fronteira

Como parte das ações de contenção, no dia 26 de julho, foi realizado o Dia D de Vacinação nas áreas de fronteira. Somente em Corumbá, foram aplicadas 1.050 doses contra o sarampo ao longo do mês, sendo 280 delas durante o Dia D. A mobilização também ofereceu imunização contra outras doenças: 143 doses contra hepatite B e 168 contra influenza.

Em Ladário, 70 pessoas foram vacinadas contra o sarampo no Dia D, totalizando 116 doses aplicadas entre os dias 11 e 24 de julho. No período, 161 pessoas procuraram as unidades de saúde, sendo orientadas sobre a atualização do esquema vacinal.

O esquema completo é de duas doses para quem tem até 29 anos e uma dose para adultos entre 30 e 59 anos. No calendário infantil, ela é aplicada aos 12 e aos 15 meses de idade. Em caráter excepcional, o Ministério da Saúde recomendou a aplicação da chamada "dose zero" para bebês a partir dos seis meses, por causa do aumento do risco de complicações.

Vigilância e busca ativa intensificadas

Além da vacinação, a SES reforçou a vigilância ativa nas comunidades, com atuação de Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), visitas domiciliares e revisão de prontuários em unidades de saúde e hospitais. O objetivo é detectar precocemente casos suspeitos de sarampo ou rubéola.

“A vigilância está em alerta. Qualquer caso suspeito deve ser imediatamente notificado e investigado. A população também precisa colaborar, procurando a unidade de saúde diante de sintomas como febre, manchas vermelhas no corpo, coriza, tosse ou conjuntivite”, alertou Jakeline Miranda Fonseca, gerente técnica estadual de Doenças Agudas e Exantemáticas da SES.

Últimos casos registrados foram em 2020

O último registro de sarampo em Mato Grosso do Sul ocorreu em 2020, com dez casos confirmados em Campo Grande. No ano anterior, foram quatro casos — dois em Três Lagoas e dois na capital. Em 2025, o Brasil já soma 21 casos confirmados, sendo três importados, dois sem histórico de viagem ou contato com viajantes e 16 apenas no estado do Tocantins.

A SES reforça que a vacinação é a principal forma de prevenir o sarampo e orienta a população a manter o cartão de vacinação atualizado, especialmente no caso das crianças. A vacina tríplice viral — que protege contra sarampo, caxumba e rubéola — está disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde do Estado.

Com informações da Secom MS.

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