Ana Paula Chuva - Campo Grande News em 31 de Maio de 2025
João passou por audiência de custódia na quinta-feira (29), ele chegou a afirmar que foi vítima de tortura e maus-tratos durante a prisão em flagrante quando foi agredido com tapas, socos e spray de pimenta. No entanto, não soube identificar o autor das agressões.
O juiz Valter Tadeu Carvalho considerou a gravidade do crime imputado ao rapaz e decidiu decretar a prisão preventiva para garantia da ordem pública.
“Teria ele ceifado a vida da sua companheira, bem como da própria filha, com menos de 1 ano de idade, isso demonstra, por si só, que cautelares diversas da prisão são insuficientes para o momento, sendo certo que o crime, além de causar grande comoção social, demonstra a gravidade em concreto que exacerba a normalidade”, disse o magistrado no documento.
Sobre as acusações de ter sido agredido, o juiz determinou que o caso seja investigado pelo Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial) e que a Corregedoria de Polícia Civil também seja oficiada.
Após a decisão, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) foi informada e João encaminhado para cela isolada na Gameleira II, prática comum adotada para detentos de alta periculosidade ou que estejam correndo risco por conta de vinganças ou ofensas.
Caso
Vanessa e Sophie foram mortas por João por volta das 16h da segunda-feira (26), durante o horário de almoço dele. Ele relatou ao delegado, que deu um golpe mata-leão na jovem e depois esganou a bebê que estava na cama do casal. Em seguida, arrastou os corpos até o banheiro e voltou ao trabalho.
Mais tarde, por volta das 20h pegou os corpos na residência e colocou no porta-malas do carro. Vanessa e Sophie foram posicionadas como se estivessem “abraçadas”. Ele seguiu com as vítimas no veículo até chegar na área de mata no Indubrasil.No local, pegou Vanessa no colo e andou por cinco metros para colocá-la no chão. Em seguida, pegou o corpo da bebê e colocou sobre o peito da mãe, cobriu os dois cadáveres com uma coberta e então ateou fogo. As vítimas foram encontradas no final da noite por vigilante que acionou a PM (Polícia Militar).
João foi preso horas depois enquanto tentava registrar boletim de ocorrência do desaparecimento das vítimas. Em relato chocante ele afirmou que odiava a bebê desde os dois meses e que não sentia arrependimento ou remorso pelo crime.
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