Campo Grande News em 25 de Maio de 2025
Direto das Ruas/CG News
Alessandra, ajoelhada, olhando o filho e o pai mortos dentro de casa
Avô e neto estavam na varanda de casa, onde também funciona um lava-jato mantido pela família há cerca de 25 anos, quando foram surpreendidos pelos assassinos. Segundo testemunhas, os criminosos estavam numa motocicleta Honda Biz, de cor branca. O passageiro desceu e efetuou dezenas de disparos.
A PM (Polícia Militar), primeira equipe policial a atender a ocorrência, encontrou as vítimas já sem vida, com muito sangue ao redor. Nelson foi atingido por um disparo, enquanto Denner apresentava ao menos 14 perfurações. O óbito foi atestado pelo Corpo de Bombeiros Militar. A perícia recolheu cerca de 50 cápsulas deflagradas no local.
De acordo com familiares, Nelson morreu porque entrou na frente do neto durante o ataque, enquanto o cachorro da família, um labrador, também tentou proteger Denner e acabou baleado e foi levado a um hospital veterinário, onde permanece internado.
A família acredita que a execução tenha sido um engano. “Tenho certeza que foi por engano. O Denner era uma pessoa super querida, não tinha problema com ninguém, todo mundo gostava dele”, afirmou, emocionada, Alessandra Freitas, mãe do rapaz e filha de Nelson.
A aposentada Regina Freitas, de 62 anos, esposa de Nelson e avó de Denner, estava dentro do quarto, assistindo televisão, quando ouviu os tiros. “Quando saí, vi os dois no chão, ensanguentados. O Denner não tinha problema com ninguém, nem ele nem meu marido. A Moreninha inteira gostava deles”, relatou, chorando.
Conforme testemunhas, um dos atiradores vestia casaco branco de time de futebol e o outro usava capacete branco. A família reforça que Denner e Nelson não tinham envolvimento com atividades criminosas. O jovem era portador de diabetes, já havia sofrido cinco AVCs e, segundo a mãe, “dava muito valor à vida” e era “o filho mais carinhoso”. “Ele nos ensinou o que era vida, vivia todo o dia como se fosse o último dia. Não tinha briga com ninguém", destacou o irmão, Davyd Freitas, de 19 anos.
O caso foi registrado como homicídio qualificado e segue sob investigação da Polícia Civil. Por enquanto, não há informações sobre a identificação dos suspeitos, tampouco sobre a motivação para o crime.
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