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Evento destaca as raízes e a identidade da Cultura Afro-brasileira

Da Redação em 17 de Maio de 2025

Débora Bordin/Ascom FAS

Encontro foi um convite ao reconhecimento da cultura afro-brasileira como pilar da identidade sul-mato-grossense e corumbaense

Na tarde deste sábado (17), o Moinho Cultural tomado por uma atmosfera de reflexão, memória e celebração da ancestralidade com a programação da “Vivência Cultura Afro”, como parte da programação do Festival América do Sul 2025. A ação, Mesa de Diálogos: Raízes, Identidade e Mestres do Saber, idealizada pela curadoria e produção cultural de Bela Oyá Pantanal, reuniu saberes acadêmicos e tradições orais em uma roda de conversa.

A mesa de diálogo contou com a participação da professora mestra Rosiane Albuquerque, do professor doutor Mário de Sá (UFDG/FADIR), e das líderes religiosas Mãe Elenir Batista e Mãe Alexandra de Oyá. O encontro foi um convite ao reconhecimento da cultura afro-brasileira como pilar da identidade sul-mato-grossense e corumbaense, especialmente em uma cidade marcada pela diversidade étnica e religiosa.

Para Thayná Cambará, empresária, relações públicas e idealizadora da atividade, o momento foi simbólico e necessário. “Este ano trouxemos para o festival a questão de ter pertencimento, conexão de memórias e ter voz, tanto da academia, quanto da pesquisa, educação e principalmente da própria comunidade. Foi construída uma programação para a família. Em que os adultos possam refletir sobre o que é existir e resistir, justamente na semana do 13 de maio, dia de preto velho e da Abolição da Escravatura. Mas que também as crianças possam participar e começar a se sentir parte de um todo”, afirmou.

A mesa também celebrou a recente premiação da Fundação de Cultura do Estado às líderes de terreiro Mãe Elenir e Mãe Alexandra como mestres do saber. “Agora temos mulheres de terreiro ocupando esse lugar de representatividade”, destacou Thayná, enfatizando o papel das lideranças femininas negras na valorização dos saberes tradicionais.

Enquanto os adultos mergulhavam na escuta e no debate, as crianças também foram contempladas com uma programação afetiva e educativa. A oficina literária “O Reino Mágico dos Orixás”, conduzida pela escritora Sarah Muricy, promoveu contação de histórias sobre os orixás e entregou kits e livros infantis, despertando desde cedo o interesse pelas culturas de matriz africana.

Débora Bordin/Ascom FAS

Thayná Cambará (de camiseta azul), idealizou a atividade e fez a pré-estreia de “Louvação à Ibejada”

Em seguida, o público assistiu à pré-estreia do filme-documentário “Louvação à Ibejada”, dirigido por Thayná Cambará e realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo. O filme é um mergulho sensorial na celebração de São Cosme e Damião, tradição profundamente enraizada na região pantaneira. “É uma fé que transcende religiões: católicos, umbandistas, candomblecistas, devotos… todos se encontram na mesma rua, no mesmo altar, na mesma alegria”, define a diretora.

Com entrada gratuita e exibições previstas por toda a cidade ao longo de maio, o documentário reforça a proposta de democratizar o acesso à cultura e à memória coletiva.

Em meio às festividades do Festival América do Sul, a Vivência Cultura Afro se destacou como uma atividade que contribuiu para abrir espaço para o fortalecimento da identidade negra e o reconhecimento de saberes ancestrais que também sustentam  a alma do Pantanal.

As informações são da assessoria de comunicação do FAS 2025.

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