Portal de Notícias de MS em 20 de Fevereiro de 2025
Saul Schramm/Governo do Estado
GT terá a missão de avaliar as condições e possibilidades para viabilizar o projeto no menor tempo possível
O governador Eduardo Riedel pontuou sobre a importância das negociações logísticas para oportunidades de investimentos que resultam em desenvolvimento econômico e social no Estado e demais países que fazem parte do corredor logístico.
"Assinamos um ato importante, uma discussão que é de Mato Grosso do Sul, a transição da matriz energética. É uma grande oportunidade de desenvolvimento, crescimento, para investimento e instalação de indústrias que possam vir a partir de agora. É o início de uma caminhada para estudar, entender e avaliar as oportunidades", disse Riedel.
O ministro de Produção e Desenvolvimento da província de Salta (Argentina), Júlio San Milan, também falou sobre o memorando de entendimento que prevê um termo de cooperação para a criação de um grupo de trabalho (GT) que vai viabilizar a exportação de gás natural da formação geológica de Vaca Muerta (Argentina), para o Brasil, passando pelo Paraguai.
"É um projeto de extrema importância e relevância, que vai mudar a realidade da região, com geração de emprego e renda. Além de toda a questão que envolve a matriz energética e tudo que representa para os países envolvidos", afirmou Milan.
O GT terá a missão de avaliar as condições e possibilidades para viabilizar o projeto no menor tempo possível, além de mapear outras reservas que possam contribuir para o fornecimento de gás ao Brasil. Já o protocolo de intenções entre Mato Grosso do Sul e a província de Jujuy deve fortalecer a cooperação institucional e promover o desenvolvimento econômico e social por meio de ações conjuntas.
O acordo prevê iniciativas como integração industrial, infraestrutura regional, coordenação da demanda de bens e serviços, intercâmbio comercial e empresarial, além de cooperação nas áreas de saúde, educação e turismo. A implementação das atividades seguirá planos específicos, respeitando as normativas de cada país.
"Para a província de Jujuy, e para todas as províncias que compõem ou que integram o corredor, é muito importante pois tem a ver com o desenvolvimento produtivo da nossa região, com o incremento da atividade econômica que buscamos, pela integração física e digital para todos. E para nós, o grande interesse é no desenvolvimento, pensando no nosso povo e nas pessoas, que significa mais postos de trabalho", disse o governador da província de Jujuy, Carlos Albero Sadir.
Obra
A principal obra da estrada que ligará o Brasil ao Chile já tem mais de 65% dos trabalhos concluídos. A ponte binacional – que está sendo construída entre Porto Murtinho e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta – pode encurtar em mais de 9,7 mil quilômetros a rota marítima das exportações brasileiras para a Ásia. Em uma viagem para a China, por exemplo, pode reduzir o tempo em 23%, cerca de 12 dias a menos.
A ponte está sendo construída por um consórcio binacional, com investimento de R$ 575,5 milhões (US$ 93 milhões) da administração paraguaia da Itaipu. A estrutura tem uma extensão de 1.294 metros, dividida em três trechos – dois formarão os viadutos de acesso em ambos os lados, e um corresponderá à parte estaiada, com 632 metros sobre o rio Paraguai, incluindo um vão central de 350 metros. A ordem de serviço para a ponte foi em dezembro de 2021, e a previsão das autoridades paraguaias é de que as obras sejam concluídas no primeiro semestre de 2026.
No lado brasileiro, avança também a construção do acesso que ligará a BR-267 à ponte. Essa obra federal está orçada em R$ 472 milhões e vem sendo executada pelo Consórcio PDC Fronteira, com recursos do governo brasileiro, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Além da alça de 13,1 quilômetros que ligará a rodovia à ponte, também está sendo construído o contorno rodoviário em Porto Murtinho e o centro aduaneiro, que fará o controle do acesso entre o Brasil e o Paraguai.
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