Casos de gripe aumentam procura por atendimento nas unidades de saúde de Corumbá

Casos de gripe vêm aumentando a procura por atendimento nas unidades de saúde, Pronto-Socorro e na única Unidade de Pronto Atendimento de Corumbá. No fim de semana, o PS e a UPA  ficaram lotados e a espera foi grande. 

A maioria apresentava sintomas como febre, dor na garganta, dor de cabeça, coriza e dores no corpo. Alguns desses sintomas são os mesmos do coronavírus.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde, informou que “neste final de semana e feriado houve aumento de 30% na procura de atendimento na UPA e PS, onde haviam médicos de plantão, seguindo a classificação de risco, utilizada mundialmente em todas as unidades de atendimento”.

A Secretaria ainda informou que este ano foi aberto credenciamento para contratação de mais médicos para a rede de urgência e emergência, tendo o valor do plantão aumentado, porém as vagas não foram totalmente preenchidas. "Visando evitar aglomeração e a disseminação do coronavírus, orienta-se, que ao procurar atendimento, leve acompanhantes somente quando for realmente necessário”, pede.

“A Secretaria de Saúde reforça a importância de todos manterem os cuidados de biossegurança, e completarem o esquema vacinal”, completa a nota.

Por conta da alta procura, algumas pessoas preferiram não buscar atendimento e se automedicar em casa, mesmo não sendo recomendado. Izabella Xavier, que vive na parte alta da cidade, foi uma delas.

“Eu soube que estava tudo lotado e por medo de ficar mais doente ainda, preferi ficar em casa. Senti dor no corpo, febre, coriza e um pouco de falta de ar. Aqui em casa me automediquei e tomei uns chás”, disse ao Diário Corumbaense Izabella que disse ter tomado as doses de vacina contra a covid-19. 

Já Lidiane Garcia, que mora na parte alta também, começou a sentir os sintomas no dia 23 de dezembro. "Começou com a garganta inflamada e foi piorando, fechando, junto com gripe, coriza, pois não parava de escorrer o nariz. Também senti muitas dores nas costas; nos dias 25 e 26 tive diarreia, dor no corpo, não tive ânimo de levantar da cama. Mesmo assim, resolvi permanecer em casa, pois todas as unidades estavam lotadas e por precaução, tomei remédios e muito chá caseiro”, falou Lidiane que também está vacinada contra a covid-19.  

Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, Corumbá tem 1.091 casos notificados de SARG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).

Resfriado e influenza (gripe) são a mesma coisa?

Não. O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, mas a febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares e dor de cabeça. Assim como na gripe, o resfriado comum também pode apresentar complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção.

Qual a diferença da gripe comum para a "gripe A"?

O que popularmente ficou conhecida como "gripe A" é, na verdade, a gripe causada pelo vírus influenza A H1N1. Em 2009, o mundo enfrentou uma pandemia desta gripe, com grande repercussão na saúde das pessoas e sobrecarga da rede de serviços de saúde.

Outro vírus influenza A que também está circulando pelo mundo é o H3N2. A vacina contra a gripe protege tanto contra o H1N1 como o H3N2, além de também oferecer proteção contra influenza B.

Uma ação fundamental para diminuir a circulação dos vírus da gripe é a adoção de hábitos simples:

● Higienizar as mãos com frequência;

● Utilizar lenço descartável para higiene nasal;

● Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;

● Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;

● Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

● Não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;

● Evitar aperto de mãos, abraços e beijo social;

● Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível,

ambientes com aglomeração;

● Evitar visitas a hospitais;

● Ventilar os ambientes.