Leonardo Cabral em 26 de Novembro de 2021
Reprodução/Redes Sociais
Desde menino, Gustavo demonstrava sua paixão pela aviação
Leila contou que o seu sonho era ver o filho seguir os mesmos passos dela na vida profissional. “Estudioso, educado, no apartamento, ele tinha uma sala só com estudo de aviação, pensa num menino estudioso. Eu sou dentista, queria muito que ele fizesse Odontologia, doía meu coração, queria que ele fizesse odonto”, falou.
Na companhia da namorada do filho, Larissa Vicente e do irmão mais novo de Gustavo, a dentista chegou no Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande, na Zona Norte do Rio, para reconhecer o corpo que foi resgatado na tarde de quinta-feira por equipes da FAB em alto mar já no estado do Rio de Janeiro.
Sonhos interrompidos
Leila também revelou durante a entrevista a este Diário, que Gustavo é natural de Minaçu, em Goiás. “Ele veio para Corumbá com cinco meses de idade, estudou e foi embora depois que concluiu o ensino médio. Quando criança, eu comprava carrinho, mas ele queria avião de brinquedo e ficava brincando pela casa”, relembrou.
Leila também falou sobre o sonho profissional dele. “Era montar uma companhia aérea em Corumbá, com voos para outras cidade, como Campo Grande. Ele dizia que Corumbá merecia. Esse era um dos projetos de vida dele”, afirmou. Após concluir os estudos em Corumbá, Gustavo se graduou em Ciências da Aeronáutica e fez inúmeros cursos para pilotar avião.
O servidor público, Sandro Asseff, que foi professor de História de Gustavo, no ensino médio, por dois anos, na escola Tenir, destacou ao Diário Corumbaense, que o ex-aluno era “gente boa”. Sandro recebeu a notícia da morte dele, com muita tristeza.
“Foi meu aluno por dois anos, chegava, dava bom dia, participava dos eventos e sempre demonstrou a paixão pela aviação. Depois que ele saiu da escola e foi para outro Estado, comecei a segui-lo pelas redes sociais e acompanhar os voos que ele fazia. Era bom ver que estava realizando o sonho. Algumas vezes, quando ele soube que eu era servidor da Fundação de Turismo, perguntava da questão de mais voos para Corumbá, ligando a cidade a outros destinos. Eu também sigo aplicativo de voo, um dia vi a mudança do percurso de um voo e fui perguntar para ele. Gentilmente me respondeu, tudo que eu o questionava sobre os voos, ele explicava, então, era uma pessoa do bem e que vai fazer muita falta. Um menino novo que tinha sonhos, agora interrompidos. Uma tristeza para a nossa cidade”, destacou Sandro Asseff.
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