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Novas imagens reforçam versão de “brincadeira” que acabou em morte

Campo Grande News em 17 de Maio de 2021

Reprodução/Vídeo

Câmera flagrou Rafael em cima do carro antes de atropelar Mariana

Imagens a que a Polícia Civil teve acesso confirmam versão apresentada por Rafael de Souza Carrelo, de 19 anos, e pode dar novos rumos às investigações da morte de Mariana Vitória Vieira Lima, de 19 anos, no sábado (15), em Campo Grande. No vídeo, gravado momentos antes de a garota ser atropelada, Rafael aparece em cima do automóvel enquanto a vítima conduzia o veículo, dando peso ao depoimento em que o rapaz alega que a tragédia aconteceu após uma “brincadeira”.

Nas imagens é possível notar que, por volta das 04h23, Rafael estaciona o automóvel em frente a uma loja na Avenida Afonso Pena. Antes de descer, ele se aproxima da vítima por alguns segundos. Cambaleando, sai do carro e se joga em cima do capô. Minutos depois, Mariana sai do banco do passageiro e passa a guiar o veículo com o namorado em cima. Eles andam por alguns metros até sumirem do alcance das câmeras.

As imagens trazem novos indícios e podem dar outro rumo às investigações. À princípio, a informação que se tinha era a de que Mariana foi atropelada depois de subir no carro para tentar impedir o namorado de dirigir embriagado. Por esse motivo, Rafael passou a ser investigado por feminicídio. Caso se confirme que o atropelamento aconteceu após a “brincadeira” de mau gosto, a tipificação do crime pode mudar.

Questionada, a delegada responsável Pelo Caso Joilce Silveira afirmou que o vídeo não prova a versão, no entanto, que tudo indica que o que foi dito por Rafael seja verdade.

O caso

O acidente aconteceu por volta das 04h30 do sábado. Rafael foi preso em flagrante, no local da tragédia, por dirigir embriagado – ele passou por teste do bafômetro que apontou 0,89 miligramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões – e será investigado por feminicídio.

A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) vai apurar se houve intenção de matar ou dolo eventual (quando o autor assume o risco de provocar a morte de alguém).