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Saúde investiga se morador de Corumbá “trouxe” nova cepa do coronavírus para MS

Campo Grande News em 28 de Janeiro de 2021

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) apura se paciente de 37 anos, morador do Centro de Corumbá, foi contaminado com a nova cepa do coronavírus, a chamada P1. Pode ser o primeiro caso de contágio com a variante que já mostrou ser mais “poderosa”, portanto, o registro da entrada em Mato Grosso do Sul dessa mutação mais transmissível do vírus.

O homem apresentou os primeiros sintomas da covid-19 no início de janeiro. O caso foi notificado para a SES no dia 09. Ele chegou a ficar internado, mas na tabela de microdados da secretaria já aparece como um paciente recuperado.

A suspeita de que ele pode ter tido contato com a mutação do coronavírus identificada em pacientes do Amazonas veio quando o paciente revelou ter estado em Manaus pouco antes de sentir os sintomas. 

Depois que o homem passou pelo teste RT-PCR e o resultado foi positivo, a amostra foi encaminhada para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para que seja feito o sequenciamento genético do vírus existente no material.

De acordo com SES, o monitoramento para identificar a nova cepa em Mato Grosso do Sul é feito pelo Lacen-MS (Laboratório Central de Saúde Pública) em parceria com a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica do Estado. Sempre que chega amostra de paciente que diz ter estado no Amazonas, ela é encaminhada ao Adolfo Lutz. Além disso, semanalmente, o Estado envia três amostras aleatórias para o laboratório em São Paulo que faz a investigação do DNA do vírus. Não há data para a divulgação dos resultados dos sequenciamentos genéticos dos casos enviados por Mato Grosso do Sul.

A nova variante do coronavírus, identificada em Manaus é a mesma detectada em viajantes japoneses que estiveram no Amazonas, é mais transmissível e por isso, além de possivelmente já estar disseminada na capital amazonense, há evidências de que já tenha se espalhado pelo País. E mais, ninguém estaria livre de se contaminar, já que quem pegou a covid-19 pode ter anticorpos somente contra a outra cepa, a B.1.1.28, mais predominante no Brasil.

“Todo o Brasil está em alerta, porque há pesquisadores que sustentam evidências científicas que essa nova mutação já esteja em todas as unidades da federação com essa nova cepa temos que continuar preocupados e vigilantes em relação a transmissibilidade do vírus", disse a secretária-adjunta em Saúde, Christine Maymone.

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