Leonardo Cabral em 14 de Setembro de 2020
Divulgação/PF
Operação cumpre 08 mandados de busca e apreensão em Corumbá: seis em fazendas e dois na área urbana
A operação tem a finalidade de apurar responsabilidade criminal pelas queimadas na região do Pantanal Sul. Equipes da PF, seguem em embarcação até fazendas onde devem ser cumpridos 06 mandados de busca e apreensão, segundo informou ao Diário Corumbaense o delegado da Polícia Federal, Alan Wagner Nascimento Givigi.
“As equipes se deslocariam em um helicóptero, porém, fumaça prejudica a visibilidade, por isso seguem em embarcação até a sede dessas fazendas. A operação deve durar o dia todo”, explicou.
Ainda segundo ele, os outros dois mandados são cumpridos na cidade e mais dois, em Campo Grande, totalizando 10 mandados.
A operação
Conforme a PF, por meio da análise de imagens de satélites e o sobrevoo das áreas, a Polícia Federal conseguiu identificar o início e a evolução diária dos focos de queimadas da região. O dano ambiental apurado supera mais de 25 mil hectares do bioma pantaneiro, atingindo Áreas de Preservação Permanentes e os limites do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense e da Serra do Amolar.
Divulgação/PF Equipes da PF seguem de barco até as fazendas para cumprimento de mandados Durante a investigação, para chegar aos locais das queimadas no interior do Pantanal, foram utilizadas aeronaves e embarcações da Polícia Federal.
Os investigados poderão responder pelos crimes de dano a floresta de preservação permanente (Art. 38, da Lei no 9.605/98), dano direto e indireto a Unidades de Conservação (Art. 40, da Lei no 9.605/98), incêndio (Art. 41, da Lei no 9.605/98) e poluição (Art. 54, da Lei no 9.605/98), cujas penas somadas podem ultrapassar 15 anos de prisão.
Participam da fase ostensiva da operação 31 policiais federais. Durante a deflagração foi realizada perícia nas áreas afetadas e colhidos depoimentos dos envolvidos. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Corumbá/MS.
“MATÁÁ”
A Operação foi denominada “MATÁÁ”, que significa “fogo” no idioma guató, faz referência aos índios pantaneiros que vivem nas proximidades das áreas atingidas pelos incêndios florestais. Com informações da PF.
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