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Dia das Mães: lojistas lançam mão das redes sociais para “driblar” crise econômica

Leonardo Cabral em 07 de Maio de 2020

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Pesquisa diz que vendas podem surpreender mesmo com a crise econômica provocada pela pandemia

Considerada a segunda melhor data para vendas no comércio, o Dia das Mães, celebrado no domingo, 10 de maio, eleva a expectativa dos comerciantes de Corumbá e Ladário, em relação a atual crise econômica provocada pelo novo coronavírus. Conforme pesquisa de intenção de compras da Fecomércio (Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul) e Sebrae/MS, a data deve movimentar R$ 93,41 milhões, bem menos que em 2019.

No entanto, apesar dos números não serem favoráveis em MS, em Corumbá e Ladário, conforme a pesquisa, a movimentação no comércio local poderá surpreender. A expectativa é que a data movimenter cerca de R$ 7,53 milhões nas cidades pantaneiras, considerando o atual cenário e as restrições em relação ao controle do contágio da covid-19.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Corumbá/Ladário, Otávio Philbois, se seguir o raciocínio linear da fase que o país vivencia, poderia sim, haver queda nas vendas, mas a pesquisa proporciona expectativa positiva.

“Foi feita a pesquisa abrangendo os municípios do Estado e, curiosamente, o levantamento em Corumbá e Ladário, aponta que as cidades teriam menor impacto se comparado aos outros município de MS”, explicou.

“O raciocínio linear mostra que as pessoas estão saindo menos de casa e haveria uma retração, só que vamos aguardar, mesmo porque a questão da pandemia, para alguns setores, está sendo positiva, ou seja, ao invés de reduzir aumentou o consumo, como por exemplo, o de alimentos e de farmácias. Mas é complicado dizer que vai ter um acréscimo, pois todos estão imaginando diferente, mas estamos nos apegando a essa possibilidade. Lógico que o comércio em geral está com redução no consumo, em especial com a fronteira fechada, que contribui negativamente”, frisou.

"Dançando conforme a música"

A empresária Elizabeth Bento da Silva, que tem uma loja de calçados na rua Treze de Junho esquina com a Antônio Maria, Centro de Corumbá, disse que teve que sair “fora da caixinha”, com a ajuda das redes sociais, para não ter prejuízo.

“A cada dia vamos nos reinventando e abusando da criatividade, porém, com a ajuda das redes sociais fica bem mais fácil, tanto para nós, como para os nossos clientes”, disse Elizabeth ao se referir à oferta e venda dos seus produtos.

Ela conta que com essa nova maneira, conseguiu suprir a queda que chegou em até 50% no seu estabelecimento após a pandemia. “Se não fosse as redes sociais, que é uma ferramenta sensacional para divulgar, vender, mostrar o produto, não conseguiria segurar essa fase. Minhas vendas caíram em 50%, mas tenho certeza absoluta de que se eu não tivesse o uso dessas ferramentas, jamais poderia vender o que vendo hoje. Oferto pelas redes e meus clientes selecionam o que desejam e prontamente levamos até eles. Comodidade e seguridade nas vendas e nas compras”, contou Elizabeth.

A empresária, Tahani Ziad, proprietária de uma loja de roupas e calçados na região central, também se encaixa nessa situação. Ela diz que se reinventa a cada dia e com o apoio da equipe, procura sempre “dançar conforme a música”, se referindo ao cenário que a cidade e o país enfrentam.

Reprodução/Instagram Tahani

Divulgação pelas redes sociais ajudam lojistas na hora das vendas

"A expectativa é completamente diferente de todos os outros anos. Mesmo com tantas situações acontecendo a toda hora e tudo tão incerto, procurei trazer uma nova coleção com escolhas inteligentes na hora de fazer a compra, visando sempre o melhor para o meu cliente”, revelou a empresária.

No entanto, ela disse ao Diário Corumbaense, que vê nas redes sociais uma grande aliada e que há muito tempo vem se “armando” com a internet para “driblar” situações adversas. “Focamos para o atendimento online, essa opção já utilizo na loja há um bom tempo, e estou confiante que essa é uma estratégia para as vendas reagirem. É uma fase em que temos que nos adaptar às mudanças”, destacou Tahani.

“Com as redes sociais, temos também a entrega da sacola delivery, drive-thru, tudo para a comodidade dos nossos clientes. A gente leva os produtos até eles aqui na cidade e também para todo o Brasil. As redes sociais são ferramentas de trabalho para muitas lojas do meu ramo. Hoje, mais de 50% das minhas vendas, são o reflexo das minhas publicações”, concluiu.

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