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Bolívia inicia quarentena e militares saem às ruas na fronteira

Leonardo Cabral em 19 de Março de 2020

Foto cedida ao Diário Corumbaense pelo jornalista Ricardo Veizaga

Policiais bolivianos permaneceram na fronteira entre Bolívia e Corumbá alertando sobre a quarentena no país andino

Teve início às 17h, de quarta-feira, 18 de março, a quarentena em todo o território boliviano. A medida segue determinação do governo federal devido aos casos de coronavírus no país, que até agora somam 15 positivos.

Na fronteira com Corumbá, as cidades bolivianas de Arroyo Concepción, Puerto Quijarro e Puerto Suárez, militares da Polícia Nacional e das Forças Armadas saíram às ruas, para cumprir o Decreto Supremo de Emergência Sanitária imposta pelo atual governo, determinando que os proprietários de estabelecimentos comerciais fechem as portas e aos moradores, que fiquem dentro de suas casas.

Próximo à ponte da amizade, policiais bolivianos estavam orientando condutores, inclusive brasileiros, maior parte corumbaenses, sobre a proibição de veículos e pedestres nas ruas da Bolívia.

O Decreto Supremo de Emergência Sanitária, aprovado pelo governo nacional, estabelece que a população deve permanecer em suas casas das 17h às 05h do dia seguinte.

O decreto ainda traz a suspensão de voos internacionais, de viagens terrestres interdepartamentais ou interprovinciais, além da redução da jornada de trabalho de oito para cinco horas e como tempo máximo de atendimento nos mercados e centros de suprimento até 15h.

Já nas grandes cidades, como Santa Cruz de la Sierra, onde há quatro casos positivos para Covid-19; em Oruro, com oito casos confirmados, as ruas ficaram totalmente vazias, dando sensação de cidades desertas, já que esses municípios são conhecidos pelo grande movimento de pessoas. La Paz, que também tem um caso confirmado e Cochabamba, com dois casos, também ficaram desertas.

Reprodução/ El Deber

As ruas de Santa Cruz de la Sierra, "coração" econômico da Bolívia, ficaram vazias após às 17h de ontem (18)

A quarentena vem após os 21 dias de manifestações na Bolívia, que acabou na queda do presidente Evo Morales e que paralisou por completo o país vizinho, originando um colapso na economia local.  Em menos de seis meses, o país andino viu novamente seus “motores” econômicos se desligarem pouco a pouco ao cumprir a determinação de combate ao coronavírus, que segue até 31 de março, podendo ser prorrogada. 

Já a fronteira com Corumbá, do lado boliviano, será fechada à zero hora desta sexta-feira (20). Autoridades cívicas, militares e prefeitos da região fronteiriça, apesar de nenhum caso suspeito ter sido registrado até agora na região, decidiram cumprir a determinação do governo provisório de Jeanine Añez.

Eleições ainda estão mantidas 

O Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) da Bolívia trabalha para realizar as eleições presidenciais marcadas para o dia 03 de maio, apesar de alguns setores da sociedade pedirem o adiamento devido à pandemia do coronavírus. O TSE e os dois principais partidos políticos do país, defendem a manutenção da data. 

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