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Partidos já se preparam para concorrer à Prefeitura de Corumbá

Rosana Nunes em 13 de Março de 2020

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Pelo menos quatro nomes já se apresentam como pré-candidatos: Marcelo Iunes; Paulo Duarte; Elano de Almeida e Gabriel de Oliveira

A exemplo do que acontece em todo o Brasil, os partidos políticos de Corumbá estão se preparando para a disputa eleitoral que terá início em agosto e votação em 04 de outubro. O principal desafio é escolher um nome forte para concorrer com o prefeito Marcelo Iunes, pré-candidato à reeleição pelo PSDB.

Nesta seara, o MDB sempre foi um partido decisivo e, quando não teve candidato a prefeito, figurava com o candidato a vice-prefeito. Entretanto, a sigla também sempre foi a mais polêmica da cidade, dona de embates históricos e rachas que, no final, culminavam com a união de seus filiados. Este ano, entretanto, o racha aconteceu, mas a união não deu certo. O partido acabou perdendo dois dos seus mais importantes nomes, ficou sem vereador e terá a difícil missão de se estruturar e montar uma chapa proporcional que sustente a candidatura majoritária.

O MDB tem como pré-candidato ao Executivo, o ex-prefeito Paulo Duarte, que disputou a reeleição em 2016 e não conseguiu vencer. Ruiter Cunha, mesmo desacreditado, com as pesquisas dando como certa a sua derrota com 10% a menos de votos que Paulo, voltou à Prefeitura que já tinha comandado por dois mandatos, mostrando que pesquisa nem sempre representa a vontade do eleitor e o resultado das urnas. Ruiter faleceu no primeiro ano de seu terceiro mandato e o então vice, Marcelo Iunes, assumiu a administração.

A pré-candidatura de Paulo teria sido o motivo da saída de Gabriel de Oliveira, médico e vereador, da sigla partidária. Duarte foi indicado por lideranças estaduais, sem ouvir o quadro local e isso causou desconforto, levando Gabriel para o PSD onde também estão os vereadores Domingos Albaneze e Chicão Vianna, recém-filiados. Dr. Gabriel, como é conhecido, agora é cotado para ser o nome do partido na disputa pelo Executivo Municipal.

Façanha fora do MDB após 25 anos

Outro vereador que deixou o MDB para migrar para o PSDB, é Roberto Façanha, presidente da Câmara Municipal. Façanha declarou ao Diário Corumbaense que deixou sua sigla de 25 anos por confiar no projeto de Marcelo Iunes que, segundo ele, junto com o apoio do governo estadual e de parlamentares, vem fazendo uma excelente administração pública, solidificando o desenvolvimento de Corumbá.

“O desenvolvimento de Corumbá passa hoje pelo prefeito Marcelo Iunes, pelo governador Reinaldo Azambuja,  pela deputada Bia e pelo deputado Evander. Então, eu quero estar alinhado a esse grupo”, destacou.

Com essas “mexidas” o município já pode contabilizar que poderá ter pelo menos quatro candidatos a prefeito. Marcelo Iunes (PSDB) que vai defender a posição e tentar se manter como chefe do Executivo Municipal, tendo consigo o apoio do governador Reinaldo Azambuja; Gabriel de Oliveira (PSD) que acredita que seus pouco mais de dois mil votos e o trabalho que desempenha na medicina e na Câmara, além do apoio da família, possam ajudá-lo a vencer; Paulo Duarte que depois de perder duas eleições seguidas, uma para a Prefeitura e outra para deputado estadual, conta com o apoio do ex-governador André Puccinelli; e Elano de Almeida, do PSL, que perdeu grande oportunidade nas eleições passadas de conseguir uma vitória para o legislativo na “onda bolsonariana”, mas ainda acredita nesse poder.

“Janela partidária” vai até 03 de abril

As mudanças estão acontecendo agora por causa da “janela partidária” concedida aos vereadores para mudar de partido, que vai até 03 de abril, mesmo prazo para filiações de quem quer se candidatar. Depois disso devem começar as conversações e as composições partidárias para a campanha eleitoral que vai começar em agosto, após as convenções.

Muito valorizados neste período, os vereadores são peças fundamentais no processo. São eles que carreiam votos para os candidatos a prefeito e, boas chapas de vereadores podem pesar no resultado final das eleições.

Este ano não haverá coligação partidária para a proporcional, ou seja, cada partido terá que lançar chapa pura de candidatos a vereador. Isso deverá deixar muito partido com problemas para conseguir fechar o quociente eleitoral, que é a divisão dos votos válidos pelo número de vagas na Câmara, o que concede as cadeiras aos partidos. Entretanto, em 2020, nas sobras, não será exigido o quociente eleitoral, somente haverá a obrigatoriedade de que o candidato tenha obtido 10% do quociente para ocupar uma cadeira.

Por enquanto, Gabriel de Oliveira tem a seu favor, Domingos e Chicão. Façanha e Tadeu Vieira (PDT) têm hipotecado apoio ao prefeito Marcelo Iunes que tem também o vereador Bira Canhete de Campos que é de seu partido. André da Farmácia é outro vereador que apoia Marcelo, que tem 9 dos 15 parlamentares em sua base e pretender obter apoio do maior número possível deles.

Eleição é um grande jogo de xadrez, onde as peças vão se encaixando com o passar do tempo. Pode levar dias, semanas, meses, desde que dentro do prazo regulamentar da Justiça Eleitoral. Outro fator preponderante nesse tabuleiro é o custo da campanha. O orçamento para os candidatos não será baixo, principalmente se a disputa for acirrada.

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