Agência Brasil em 27 de Fevereiro de 2020
Reprodução/Agência Brasil
Ex-técnico e dirigente não resistiu à cirurgia no abdômen
Desde o fim do ano passado, Valdir era gerente de futebol do Botafogo, clube que, quando técnico, ajudou a tirar de uma fila de 21 anos sem títulos com a conquista do Campeonato Carioca de 1989.
"Muito querido no clube por torcedores e por quem conviveu com ele no dia a dia, Espinosa vai fazer muita falta. Sua liderança, exemplo e ensinamentos seguirão no Botafogo como legado dessa figura tão representativa na história do clube", diz a nota de pesar divulgada pelo Alvinegro carioca.
As maiores conquistas da carreira de Valdir, porém, vieram no Grêmio. Em 1983, liderou o Tricolor aos títulos da Libertadores e Mundial, tendo como protagonista Renato Gaúcho, com quem voltaria a trabalhar no próprio clube em 2016, como coordenador técnico - Renato era o treinador. Juntos, conquistaram a Copa do Brasil daquele ano.
O Grêmio também manifestou pesar pela morte de Valdir, "um dos maiores técnicos de sua história" em nota oficial: "Sob o comando de Espinosa o Grêmio abriu as portas do continente e do mundo ao Rio Grande do Sul, conquistando a Copa Libertadores da América e o Mundial de Clubes em 1983. O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense se solidariza com toda a família Espinosa, amigos e torcida nesse momento de dor".
Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa nasceu em 17 de outubro de 1947 em Porto Alegre. Iniciou a carreira como atleta, que durou oito temporadas, justamente no Grêmio, passando também por CSA, Esportivo e Vitória. Como técnico, além do Tricolor Gaúcho e do Botafogo, trabalhou também em Portuguesa, Athletico-PR, Vasco, Fluminense e Santa Cruz, entre outros, além de times de Japão, Paraguai e Estados Unidos.
No ano passado, ele participou do quadro "Os Setentões", do programa No Mundo da Bola, da TV Brasil, e contou detalhes da carreira ao jornalista Sérgio du Bocage.
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