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Banco do Brasil começa a concretar túnel aberto por quadrilha até cofre

Fonte: Campo Grande News em 26 de Dezembro de 2019

Paulo Francis/Campo Grande News

Operários utilizam máquinas para fechar parte do túnel aberto por quadrilha para roubar banco

O túnel aberto durante plano de assalto à Central Administrativa do Banco do Brasil, em Campo Grande, começou a ser fechado nesta quinta-feira. Com 70 metros, o corredor cavado por uma quadrilha, a partir de residência na rua Minas Gerais, a cerca de uma quadra da agência, foi descoberto no final de semana passado.

Quatro caminhões com concreto foram contratados pelo Banco do Brasil. A ordem é fechar o trecho que passa sob o prédio da Central Administrativa. Mas, segundo os operários, há material suficiente para cobrir a maior parte do túnel. A estrutura aberta pelos ladrões já alcançava o ponto onde fica o cofre quando foi descoberta. 

Dois engenheiros ouvidos pela reportagem comprovaram o risco de desabamento da estrutura. Conforme Jonathas Braga, não é possível saber em quanto tempo isto poderia ocorrer, no entanto, o intenso fluxo de veículos na região, inclusive de ônibus, e a temporada de chuvas podem acelerar o processo de desgaste, colocando em risco prédios da região que tem muitos comércios localizados sobre o túnel.

Sobre a responsabilidade quanto ao fechamento do túnel, o engenheiro Téo Martins lembra que os proprietários dos imóveis localizados no corredor não tem qualquer obrigação porque respondem apenas pelo lote na parte superficial. “A responsabilidade deles é do solo para cima”.

Henrique Kawaminami/CG News

Túnel de 70 metros aberto pela quadrilha para chegar ao cofre

 Plano de R$ 1 milhão

Conforme a polícia, as obras para viabilizar o roubo começaram há seis meses. Porém, apenas no último sábado o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) agiu para interromper o plano com a prisão de sete pessoas e morte de outros dois membros da quadrilha.

As apurações concluíram que o lucro obtido com o crime seria dividido entre os nove participantes identificados. A operacionalização do esquema já custava R$ 1 milhão. Os homens que trabalhavam na escavação recebiam R$ 2 mil por semana pelo trabalho. O plano de roubar o banco era arquitetado há pelo menos três anos.

Sete pessoas foram presas e dois bandidos morreram no confronto com a Polícia. 

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