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Clima de tensão na Bolívia segue após fim do prazo de renúncia de Evo Morales

Leonardo Cabral em 05 de Novembro de 2019

Diário Corumbaense

Fronteira entre Corumbá e Bolívia está fechada há 14 dias

O clima de tensão na Bolívia aumentou após o prazo de 48h dado ao presidente Evo Morales para renunciar ao mandato. Ele tinha até às 19h de ontem (04), para deixar o cargo de presidente, mas não se manifestou.

O clima de tensão aumentou na Bolívia, que permanece com a greve geral. Na fronteira do País com a cidade sul-mato-grossense de Corumbá, o bloqueio entrou no 14º dia. Apenas pedestres podem circular pela faixa fronteiriça. 

Os comitês cívicos de cidades da Bolívia, durante encontro de lideranças políticas na noite de ontem (04), que reuniu mais de um milhão de bolivianos aos pés do Cristo Redentor, na cidade de Santa Cruz de La Siera, decidiram que a partir de agora, além da greve geral, empresas e órgãos públicos do governo, como a Aduana e o setor de Migração, ficarão fechados. Serão permitidos apenas os serviços básicos à população como o setor de alimentos e saúde pública, bem como o funcionamento de aeroportos internacionais.

“Vamos seguir com a fronteira fechada e apenas os serviços essenciais serão permitidos. Agora é aguardar novas determinações dos comitês cívicos de Santa Cruz. Aqui na fronteira os serviços bancários serão três vezes na semana, para que haja o pagamento do salário dos servidores. Ao meio-dia tudo fecha. Estamos na luta pela nossa democracia”, falou a presidente do Comitê Cívico Feminino de Puerto Quijarro, Rosário Hurtado de Gallardo.

Foto enviada ao Diário Corumbaense

Na ponte que separa Corumbá da Bolívia, manifestantes se reuniram para assistir encontro na cidade de Santa Cruz na noite de ontem

Centenas de bolivianos acompanharam o encontro das lideranças políticas contrárias a Evo Morales, em Santa Cruz, por meio de telões instalados em regiões na Bolívia. Na ponte que delimita Corumbá das cidades fronteiriças, os manifestantes se aglomeraram e também assistiram à tomada de decisões durante discurso do presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho.

Carta de renúncia

Camacho, que lidera as manifestações na Bolívia, após o encontro realizado na cidade cruceña, foi em direção a La Paz levando uma carta de renúncia ao presidente Evo Morales. Porém, ele foi impedido de desembarcar na cidade de El Alto, após a presença de apoiadores de Evo Morales, no local, retornando para Santa Cruz de La Sierra.

Logo nas primeiras horas do dia desta terça-feira, 05 de novembro, os grupos que apoiam as lideranças contrárias a Morales, amanheceram na porta de instituições do governo, impedindo a entrada de trabalhadores. Conforme determinação do encontro na noite de segunda-feira, também ficou decidido que o setor internacional de transporte deve aderir à greve geral.

Com informações do jornal El Deber.

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