Leonardo Cabral em 29 de Outubro de 2019
Foto enviado ao Diário Corumbaense
Um dos três caminhões pipas na entrega de água para a população que faz fila para abastecer os galões
Na ponte que separa Corumbá das cidades bolivianas de Arroyo Concepción, Puerto Quijarro e Puerto Suárez, a passagem de veículos está bloqueada, passam apenas carros em situação de emergência, como ambulâncias, e pedestres. Na segunda-feira (28), os manifestantes despejaram dois caminhões de terra e entulho para continuar impedindo o tráfego no local.
Doações
A preocupação é com a escassez de água potável e gêneros alimentícios do outro lado da fronteira. Mas conforme o presidente do Comitê Cívico de Puerto Quijarro, Marcelito Moreira, há a falta de água potável vendida em galões.
“Vamos continuar com a fronteira fechada até que haja uma decisão. Estamos lutando pela democracia e em conversa com os presidentes das associações dos mercados municipais, eles estão autorizados a ir até Corumbá para adquirir alguns produtos que estejam faltando, para que não haja um desabastecimento nesses comércios, como verduras, carnes, frangos e até mesmo água”, esclareceu Marcelito, frisando que esses produtos essenciais para algumas famílias, não chega até a região devido aos pontos de bloqueios na estrada Bioceância, em cidades que ficam às margens da rodovia, que liga o Brasil e a Bolívia.
Por causa dessa situação, a estudante de medicina em Puerto Quijarro, Kyara Vitório Nóbrega Marques, que é paraibana e Almindo Rocha, mais conhecido como “Rochinha”, se mobilizaram e estão arrecadando em Corumbá, alimentos e água potável para ajudar as famílias fronteiriças.
Foto enviada ao Diário Corumbaense Fronteira segue fechada pelo sétimo dia
Ela ainda diz que quem quiser fazer doações, pode entrar em contato com ela pelo telefone pessoal (83) 99900-0280 (WhatsApp) ou (67) 99974 - 9048 e também de uma amiga (84) 99993-8861.
Em Corumbá, os pontos de arrecadação de mantimentos são no Papa Léguas Pneus e na casa da artista plástica Izulina Xavier, na rua Cuiabá, em frente a Receita Federal.
Greve Geral
Os bolivianos que foram às urnas no último dia 20 de outubro, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Evo Morales reeleito, dizem que a contagem de votos que deu a vitória ao presidente, foi fraudada.
Os opositores pedem a realização do segundo turno e agora, a renúncia de Evo Morales, que nega a existência de fraude na eleição presidencial.
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