Campo Grande News em 29 de Outubro de 2019
Preso pela Operação Omertà desde o dia 27 de setembro, Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho, de 42 anos, foi transferido na madrugada desta terça-feira (29) para o Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Ele estava na unidade do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) em Campo Grande.
Os pedidos de inclusão de alguns dos presos da Omertà no sistema carcerário federal foram feitos pela Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) e também pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), que se uniram em força-tarefa que acusa Jamilzinho e o pai, Jamil Name, de 80 anos, de chefiarem milícia armada em Campo Grande.
A autorização veio do juiz Mário José Esbalqueiro Júnior, em substituição legal na 1ª Vara de Execução Penal, no dia 09 deste mês. O Depen indicou a penitenciária de Mossoró como a mais adequada para a custódia.
No dia 12, Jamilzinho, Name e os policiais civis Vladenilson Daniel Olmedo e Márcio Cavalcanti da Silva foram levados para o Presídio Federal de Campo Grande. A inclusão foi classificada como emergencial e temporária, ou seja, até que fosse possível levá-los para a unidade do Rio Grande do Norte.
Jamil Name só não foi levado porque a aeronave não tinha condições técnicas para transportar o preso de 80 anos. O voo que levou Jamilzinho partiu na madrugada do Aeroporto Internacional de Campo Grande.
A reportagem tentou contato com Renê Siufi, advogado do pai de Name Filho, para ter mais detalhes sobre a transferência, mas ele não atendeu às ligações. Depen e Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) também não se manifestaram oficialmente.
Transferência
A primeira manifestação pela transferência partiu do delegado João Paulo Sartori, do Garras. A representação cita que além da gravidade dos fatos apurados, grupo de extermínio e milícia armada, a organização criminosa planejava atendado contra o delegado titular do Garras, Fábio Peró.
O Gaeco endossou o pedido e pontuou que somente o sistema penitenciário federal possui condições estruturais para impedir comunicações não ortodoxas e ilegais entre cliente e advogados.
Já a promotora Paula Volpe, da 22ª Promotoria de Justiça, pediu que os presos fiquem no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), onde não têm contato com outros internos. De dentro de uma cela do RDD, só se sai para atendimento médico, audiência com juiz ou advogado e visita no parlatório. Ficam suspensas as visitas sociais e os banhos de sol coletivos.
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