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Corregedoria da Polícia Militar cumpre mandados de busca e prisão em MS

Campo Grande News em 26 de Setembro de 2019

Fernando Antunes/Arquivo CG News

Primeira fase da Oiketicus foi deflagrada em maio; na foto, policial esconde o rosto ao chegar à Corregedoria da PM

Operação denominada "Ave Maria", deflagrada pela Corregedoria da Polícia Militar na manhã desta quinta-feira (26), cumpre 13 mandados, sendo sete de busca e apreensão e seis de prisão preventiva contra policiais investigados por envolvimento em esquema de corrupção.

Os PMs são investigados por suspeitas de envolvimento em desvios de materiais apreendidos em barreiras policiais e de recebimento de propina. O nome da ação faz alusão à cidade de Sidrolândia, que tem a frase “Ave Maria” descrita em sua bandeira. Um dos presos, que ainda não teve o nome divulgado, foi levado para a Corregedoria da Polícia Militar em carro descaracterizado. Documentos também foram apreendidos durante a ação. 

Em nota, a PM informou que não coaduna com nenhum tipo de desvio por parte dos seus policiais militares, procedendo à apuração de todas as irregularidades de que tem conhecimento, preservando o direito ao contraditório e ampla defesaSão cinco mandados de prisão preventiva em Sidrolândia e um na Capital.

Oiketikus

PMs já foram investigados, presos e condenados por envolvimento com a chamada “Máfia do Cigarro” em Mato Grosso do Sul na Operação Oiketikus, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) no ano passado.

Na primeira fase da força-tarefa, realizada em 16 de maio, foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva contra policiais, sendo três oficiais, e 45 mandados de busca e apreensão. O saldo total foi de 21 prisões porque um sargento acabou preso em flagrante.

A ação foi em 16 localidades: Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão (distrito), Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá. Segundo a investigação, a remuneração para os policiais variava de R$ 2 mil por mês a R$ 100 mil.

A segunda etapa aconteceu no dia 23 de maio, com mandado de busca e apreensão na casa e escritório de então servidor do TCE (Tribunal de Contas do Estado). A terceira fase foi em 13 de junho, quando mais oito policiais foram presos. No dia primeiro de novembro, a quarta etapa prendeu um tenente-coronel e um sargento.