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Caixa Forte: homem foi preso no Popular Nova por envolvimento com organização criminosa

Leonardo Cabral em 09 de Agosto de 2019

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Homem foi preso no Popular Nova e levado para a sede da PF que tem apoio da Força Nacional na operação

Homem preso durante a operação Caixa Forte, deflagrada na manhã desta sexta-feira, 09 de agosto, foi detido no bairro Popular Nova, parte alta de Corumbá. O indivíduo que não teve o nome revelado, tem 45 anos e foi levado para a sede da Delegacia da Polícia Federal.

Ele é acusado de envolvimento com o tráfico de drogas e participação em uma organização criminosa de âmbito nacional. Na residência onde estava, foram encontrados papéis e anotações que indicam participação no esquema criminoso.

Todos os materiais apreendidos em Corumbá serão encaminhados às equipes de investigação em Uberaba (MG) e o homem preso seguirá para o Estabelecimento Penal da cidade pantaneira, após audiência de custódia.

O detido chegou à sede da PF em Corumbá num carro descaracterizado. A operação Caixa Forte acontece em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil de Minas Gerais, em quatro Estados. A Força Nacional dá apoio à PF de Corumbá no cumprimento do mandado de prisão e busca e apreensão.

A ação acontece em 18 cidades do país 

Ao todo, a ação conta com a participação de 250 agentes públicos para cumprir 52 mandados de prisão preventiva, 48 mandados de busca e apreensão, 45 mandados de sequestro de valores/bloqueio de contas bancárias em 18 cidades e unidades prisionais de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, onde seis dos alvos já se encontram recolhidos.

Expedidos pela Vara de Tóxicos de Belo Horizonte, os mandados foram cumpridos nos municípios mineiros de Uberaba e Conceição da Alagoas; em Campo Grande e Corumbá, em Mato Grosso do Sul; nos municípios paulistas de São Paulo, Ribeirão Preto, Itaquaquecetuba e Embu das Artes; e nas cidades paranaenses de Curitiba, Londrina, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo, Fazenda Rio Grande, Goioerê, Mandirituba, Matinhos, Paranaguá, Pinhais e Piraquara.

As investigações tiveram início em novembro de 2018 e identificaram a existência de uma seção rigidamente estruturada dentro da facção, denominada Geral do Progresso. O setor era responsável por gerenciar o tráfico de drogas, distribuindo os entorpecentes que garantem o sustento da organização criminosa, bem como por orquestrar a lavagem de dinheiro dos valores oriundos dos crimes praticados.

Contas bancárias de pessoas aparentemente estranhas ao PCC eram cooptadas para ocultar e dissimular a natureza ilícita do montante movimentado. Os criminosos também utilizavam o método de “depósitos fracionados” para lavar o dinheiro, realizando depósitos bancários de pequenas quantias em diversas contas, de forma a não se identificar o depositante e não se ativarem os gatilhos de comunicação de atividade suspeita às autoridades de controle de atividades financeiras (COAF), previstos na Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro.

Posteriormente, o dinheiro era transferido a outras contas ou mesmo sacado em terminais eletrônicos. Foram identificadas 45 contas bancárias, todas bloqueadas e com os valores sequestrados judicialmente. A movimentação financeira ultrapassou sete milhões de reais durante o período das investigações. Os números das contas eram enviados por integrantes de outro setor da facção, denominado “Resumo integrado do progresso dos Estados e países”, responsável também pelo recebimento dos comprovantes para a realização da contabilidade geral dos valores movimentados.

Segundo nota divulgada pela Polícia Federal, os presos são investigados pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar a 33 anos de prisão. Com informações da assessoria de comunicação da Polícia Federal.