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Doses remanescentes contra a gripe já acabaram em Corumbá

Leonardo Cabral em 04 de Junho de 2019

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Coma família, Elcimar Machado acordou bem cedo e garantiu a imunização

Em Corumbá não há mais doses de vacina contra a gripe H1N1. É o que informa a Secretaria Municipal de Saúde, após a liberação para a população das doses remanescentes da Campanha Nacional encerrada na última sexta-feira, 31 de maio, para o grupo prioritário. O município vacinou 94,11 por cento do público alvo, totalizando 28.726 pessoas das quase 30 mil previstas.

A campanha teve duração de 50 dias e conforme apurado pelo Diário Corumbaense, cerca de 1.000 doses remanescentes foram disponibilizadas para o restante da população. O movimento nas Unidades Básicas de Saúde foi intenso durante a segunda-feira, 03 de junho, e em poucas horas, as doses disponibilizadas para a população acabaram.

Elcimar Machado da Silva, acompanhado da esposa, Adriana Falcão Machado e do filho Davi,de oito anos, estavam entre os primeiros imunizados contra a doença na UBS Padre Ernesto Sassida, localizada no bairro Dom Bosco. “Soubemos da liberação da vacina e resolvemos vir hoje logo cedo para tomar a dose", falou Elcimar.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Joana Zaffani é do público alvo, porém deixou para se imunizar apenas ontem

Já a dona de casa Joyce Gonçalves Santos veio com a filha. “A prevenção ainda é o melhor remédio. Temos que garantir nossa saúde, ainda mais nesse tempo frio”, afirmou.

Algumas pessoas do público alvo também foram às unidades em busca de atendimento, caso da dona Joana Zaffani, de 66 anos. “Vim hoje por causa do tempo corrido. Tenho pressão alta, bronquite e tenho que me cuidar”, contou.

Lourdineia Cruz, de 56 anos, disse que já tinha ido até a unidade, mas na época esqueceu a receita que comprovava que ela era do grupo prioritário. “Eu tinha esquecido a receita, daí a imunizadora não pode aplicar a dose. Fui embora para a minha casa e com isso fui deixando o tempo passar, mas hoje vim rápido me vacinar, até porque na minha família sofremos com a doença cinco anos atrás”, revelou Lourdineia, que perdeu uma irmã após ela ter contraído H1N1. “Enfrentamos a doença na pele e, por isso, devemos nos proteger”, completou.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Lourdineia revelou que perdeu uma irmã para a doença há cinco anos

Duas mortes em Corumbá

Em Corumbá já foram registradas duas mortes pela gripe. O segundo caso foi confirmado pela Secretaria de Saúde nesta segunda-feira (03). Mari Soares, de 36 anos, do grupo das puérperas, veio a óbito em consequência do H1N1. Ela estava internada desde o dia 25 de maio e morreu na tarde do dia 01 de junho, no Centro de Tratamento Intensivo da Santa Casa. Ainda de acordo com as informações, a paciente teve parto normal complicado, com pré-eclâmpsia (pressão alta) e estava com a imunidade muito baixa devido a outras doenças.

Um trabalhador rural, de 43 anos, morreu no dia 26 de janeiro, com H3N2, tipo de influenza sazonal. Ele apresentava os sintomas da gripe desde o dia 08 de janeiro, mas foi internado na Santa Casa de Corumbá duas semanas depois, no dia 23 daquele mês. Além dele, outros três trabalhadores foram internados, pois apresentavam suspeitas de influenza, hantavirose, leptospirose ou febre maculosa.

Brasil

Até a última sexta-feira (31), quando terminou a campanha nacional, quase 80% do público prioritário foi vacinado no País, o que representa 47,5 milhões de pessoas. Os grupos prioritários tiveram entre os dias 10 de abril e 31 de maio para se vacinar com exclusividade.

Durante esse período, foram priorizados 59,4 milhões de pessoas, entre elas, gestantes, puérperas, crianças entre 6 meses a menores de 6 anos, idosos, indígenas, professores, trabalhadores de saúde, pessoas com comorbidades, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade, além de profissionais de segurança e salvamento.

Segundo o ministério, a escolha do público prioritário no Brasil segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) por serem grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

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