Leonardo Cabral em 21 de Março de 2019
Todo orgulhoso exibindo a medalha de ouro no peito. Assim, Pedro Henrique Brandão de Jesus, que é cego desde os 18 anos, anda pelos corredores da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Com sua marca registrada, que é alegria e sorriso estampado no rosto, ele recebeu a equipe do Diário Corumbaense, para contar sobre sua participação na Copa Infraero de Judô Paralímpico - Antônio Tenório 2019.
Na companhia do professor de judô, Luiz Paulo Ribeiro e dos colegas de tatame, Pedro, que é bicampeão na competição, disse que está feliz e muito satisfeito com o resultado alcançado no último fim de semana em São Paulo/ Capital.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Pedro está todo orgulhoso pela conquista do ouro em SP
“O Judô poderia ter uma gana maior na questão do esporte com deficiência. Porém, nosso trabalho tem como principal meta unir essas duas práticas entre os alunos e é o que vem acontecendo. Os resultados aparecendo dentro de quase um ano de projeto, com o Pedro sendo bicampeão. Isso é muito satisfatório para mim que sou o professor, para ele enquanto atleta e para os outros alunos”, disse o técnico Luiz Paulo, que realiza os treinamentos voluntariamente.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Pedro e o técnico se preparam para a próxima etapa do campeonato
“Neste momento comecei a abrir os meus olhos para a deficiência. Desde então iniciamos o projeto que tem apoio fundamental da empresa Vale, que nos proporciona essas possibilidades de realização dos treinamentos”, disse o professor destacando a evolução de Pedro nas duas participações na competição. “Ele evoluiu muito e isso nos surpreende”, avaliou.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Pedro em treinamento com colegas
Inclusão
Além da prática do esporte, o projeto tem a responsabilidade da inclusão social dos alunos, possibilitando uma maior qualidade de vida, segundo a assistente social da Apae, Leda Maria Assad Arguello de Oliveira.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Projeto possibilita inclusão para os atletas, diz assistente social
Atualmente o projeto de judô atende 15 alunos em uma das salas da Apae. Interessados pelas aulas, crianças e adultos que tenham a baixa visão ou a deficiência visual podem procurar a Apae para mais informações, por meio da assistente social, Leda e o professor Luiz Paulo. As aulas acontecem todas as segundas e sextas-feiras, pela manhã.
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