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Ex-governador Puccinelli diz que não tem pretensão de ser candidato "a nada"

Campo Grande News em 15 de Março de 2019

Puccinelli em entrevista ao lado da senadora Simone Tebet e do ex-senador Waldemir Moka

O ex-governador André Puccinelli, presidente do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) falou ao fim da primeira reunião do partido nesta sexta-feira (15) e garantiu o desinteresse em se candidatar a qualquer que seja o cargo no momento. Para ele, a hora é de unir o partido e de manter fidelidade partidária.

À imprensa, ponderou que a situação do partido é cíclica e que é natural a alternância de poder. “O MDB precisa se modernizar, principalmente, através do contato com o eleitor, nas ruas e pelas redes sociais. O partido precisa ir as ruas de novo para saber o que o eleitor espera de um político nos tempos atuais”, disse.

Sobre renovação, Puccinelli afirmou que é assunto antigo e que não pretende sair candidato a nada. “Desde quando tinha 25 anos ouço esse papo de renovação. Não tenho pretensões de ser candidato a nada. Isso pode ocorrer no futuro? Quem sabe. Mas no momento não quero ser candidato a nada, nem a prefeito, nem a governador, nem a deputado, nem a senador”, disse.

Puccinelli vai continuar à frente do partido até dezembro, quando ocorrem as eleições do diretório estadual. Ele garantiu que os candidatos dos municípios vão surgir, naturalmente, e que cada diretório cuidará dessa tarefa. “O MDB espera ter 50 candidatos próprios à prefeitura em 2020. O momento é de unir o partido e ter fidelidade partidária porque a legenda precisa estar forte para as próprias eleições”, finalizou.

Os resultados eleitorais do MDB no ano passado, em Mato Grosso do Sul, não foram bons. O partido sofreu um revés uma semana antes da convenção eleitoral, quando o então candidato ao governo, André Puccinelli, foi preso pela Polícia Federal, em nova fase da Operação Lama Asfáltica. Ele teve que desistir da candidatura, sendo substituído primeiro pela senadora Simone Tebet e depois por Júnior Mochi que ficou na terceira colocação.

Simone fica mas quer mudanças

A senadora Simone Tebet (MDB) voltou a dizer que vai ficar no MDB, mas que busca mudanças na direção nacional do partido. Ela defende uma renovação, para saída de “caciques”, que segundo a parlamentar, estão atrapalhando o desenvolvimento da legenda. “Percebi que tinha senadores do MDB que estão ao meu lado, seria covardia sair agora”.

Simone disse que após sua posição contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL), quase foi expulsa da legenda, mas que percebeu que tinha apoio dentro da legenda. “Praticamente metade dos senadores também concorda que a legenda precisa de mudanças, o que me incentivou a ficar”.

Ela ressaltou que a “cúpula nacional” é bem diferente da base regional do MDB. “Aqui (Mato Grosso do Sul) temos um ambiente democrático, mas lá é diferente sendo dominado pelos caciques. Tive coragem de enfrentar esta situação, porque acredito que a legenda precisa se reencontrar com suas raízes”, disse Simone, durante reunião do diretório regional.

A senadora diz que conseguiu indicação para presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) por apoio de outros partidos e não pelo MDB. “Também fui retirada da suplência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) pela legenda, mas confio que vamos mudar o rumo em nível nacional”.

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