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Dom Martinez destaca atenção aos fiéis da parte alta e da área rural nos 14 anos como bispo

Leonardo Cabral em 01 de Fevereiro de 2019

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Dom Segismundo Martinez Alvarez disse estar contente pelos 14 anos comandando a diocese

“Fiquei feliz de estar aqui. Fico feliz em continuar aqui. Obrigado”. Com essas palavras, dom Segismundo Martinez Alvarez agradeceu Corumbá, pelos 14 anos que ficou à frente da diocese. Para ele, foram momentos de alegria e tristeza, mas com sensação de que poderia ter feito mais.

No dia 30 de janeiro, na Paróquia Dom Bosco, fiéis lotaram a igreja, para se despedirem de dom  Martinez. Mas, ele ainda fica à frente da diocese até o dia 23 de março, quando então o novo bispo, João Aparecido Bergamasco, toma posse.

Ao Diário Corumbaense, dom Segismundo Martinez destacou como especial e fundamental o período em que foi bispo na cidade. “Foram momentos de alegria e tristeza, principalmente pela perda de pessoas que nos deixaram, como Padre Rosalino, padre Emílio e outras pessoas que colaboraram muito com o trabalho da diocese. Agora, uma das maiores alegrias tem sido sempre a ordenação de padres. Ordenei seis padres nesses 14 anos, diáconos permanentes que nos ajudam no trabalho de evangelização”, destacou.

Uma das ações mais atuantes foi ver o crescimento da igreja católica na parte alta de Corumbá. “A minha preocupação foi sempre a parte alta da cidade, periferia, e para isso criamos comunidades e construímos capelas para serem acolhidas, essas são as alegrias nesses 14 anos.  Muita coisa a agradecer a Deus que me concedeu essa missão e agora me chamou para continuar atuando mesmo como padre ou bispo. Uma vez ordenado padre ou bispo, sempre será”, falou dom Martinez.

Ainda conforme ele, a parte alta, assentamentos e população ribeirinha, não eram atendidas devido à falta de padres na região. “A parte baixa estava atendida, nos preocupamos com a atenção a esses novos bairros, então a presença da igreja católica acredito que tenha sido maior, antes não havia essa possibilidade porque não tínhamos padres. Estavam párocos de Ladário, Amaury, Celso na Catedral, na paróquia São João Bosco e Santuário Salesiano, e os padres em Fátima. Hoje, temos os padres que estão assumindo paróquias que foram criadas, como as de São José, São Bartolomeu, Albuquerque e do Sagrado, o que nos dá maior presença e atenção nessas comunidades”, explicou dom Martinez enfatizando sobre a paróquia Imaculada Conceição, criada na região de Albuquerque, zona rural de Corumbá.

“Os assentamentos sempre foram atendidos pela Paróquia Dom Bosco, e também as comunidades do Pantanal, por meio do trabalho do padre Pascoal, mesmo apresentando idade um pouco avançada, isso conta muito para a igreja, pois é a evangelização chegando a todos os lugares da cidade”, lembrou.

Renúncia

Dom Martinez já completou 75 anos de idade, por isso, a renúncia é obrigatória. Ele comanda a diocese corumbaense há quatorze anos, porém devido a tanto carinho e ainda sabendo que pode contribuir muito com a cidade, vai continuar morando em Corumbá. Ele vai morar na Casa Salesiana de Santa Teresa, porém garantiu que os trabalhos não param.

“Como já disse, continuarei como padre e bispo, mas não mais com responsabilidade da diocese de Corumbá. A única 'irresponsabilidade' que terei é não ter responsabilidade como bispo frente à diocese”, brincou dom Martinez que veio direto de Cuiabá, após ser ordenado bispo em 2005, aos 61 anos de idade.

“É necessário agradecer e corrigir. Agradecer e pedir perdão pelo que não fez ou fez errado”, finalizou o bispo direcionando o recado para toda população de Corumbá, Ladário e região.

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