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Cresce o movimento nas livrarias e a internet é uma das opções para compra

Leonardo Cabral em 15 de Janeiro de 2019

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Pais já estão indo às compras dos materiais escolares

Lista nas mãos e uma boa caminhada pelas principais livrarias de Corumbá. Essa já é a rotina de alguns pais de estudantes que vão em busca dos melhores preços dos materiais escolares. Com a proximidade do início do ano letivo, cresce o movimento nas livrarias, que, além dos descontos, dão opções de compras pela internet.

Robson da Silva Júnior, que trabalha como técnico de manutenção de máquinas, aproveitou a folga no trabalho para vir com a esposa, Mayara Caroline Silva e o filho, Robson da Silva Neto, de cinco anos, em busca do material escolar. Este ano, o filho do casal, cursa a primeira série do ensino fundamental.

Ao Diário Corumbaense, ele disse que com a mudança de escola, a lista de material do filho, não vai sair barato. "Fizemos uma economia desde dezembro, junto com salário mensal e também parte do décimo terceiro, se não fizéssemos isso, não conseguiríamos comprar certinho o material dele”, falou o pai que ainda disse sobre a presença do filho na hora das compras. “Antes de sairmos de casa, conversamos com ele e ele entende o que é possível e o que não é”, mencionou.

Contrário do casal, a professora, Angélica de Souza Miranda, resolveu vir sozinha às compras. “São dois estudantes e é preferível eles ficarem em casa, caso contrário, é quase certeza sair do orçamento planejado”, explicou. A professora disse que os gastos serão em torno de R$ 200. “Já vi que houve um reajuste, como todos os anos, mas comprar o essencial é necessário”, afirmou.

Aplicativos ajudam na hora da compra 

Muitos pais reclamam da falta de tempo para se deslocar até as livrarias da região central da cidade. E pensando em uma solução, os proprietários desses estabelecimentos estão facilitando as compras, por meio dos aplicativos na internet. Alguns estabelecimentos dão a opção para os pais enviarem a lista dos materiais, que já saem com os preços e ficam à espera apenas do pagamento e da retirada dos produtos solicitados.

“A loja está preparada e atenta para essas ferramentas. Temos a nossa página no Facebook e Instagram, e, então,  tudo é informado aos pais. Mas, mesmo com essas ferramentas, muitos ainda preferem vir até à loja para pesquisar e adquirir o produto”, disse Marcos Martins, responsável pelo estabelecimento localizado na rua Frei Mariano.

Ainda segundo ele, a expectativa de vendas é grande, ou seja, espera-se superar o ano passado, e para isso, além dos preços e descontos, há colaboradores preparados e uma estrutura boa para receber os consumidores. “Em dezembro já foi possível perceber o movimento grande na livraria, tudo isso devido ao 13° salário. Com o crescimento no movimento também fizemos contratações de colaboradores temporários, o que representa 20% a mais de funcionários na loja”, explicou Marcos que ainda disse que a livraria deve ficar aberta nesses dias até 20h e 20h30, dependendo da demanda.

Já em outra livraria, na rua Delamare, também na região central, o gerente, Luiz Carlos Borges Pessoa, informou que o estabelecimento trabalha com o aplicativo WhatsApp. “Os pais mandam a lista e em seguida é respondido com os preços. Então, eles passam, conferem e levam. É uma maneira de economizar o tempo de quem está na correria do dia a dia”, destacou.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Maria, moradora no Mato Grande, disse que não dispensa a pesquisa antes de comprar

Ele ainda ressalta que o material escolar este ano, sofreu reajuste em torno de 20 a 30% se comparado ao ano passado. “Diante disso, procuramos atender da melhor forma possível o nosso cliente e a expectativa da loja é vender aproximadamente 50% em relação a 2018. Os funcionários também passaram por treinamento”, revelou.

Dentro dessas possibilidades oferecidas, ainda há pessoas que resistem à tecnologia e não deixam o “velho” hábito de lado, antes de comprar. É o caso de Maria Aparecida da Silva, moradora do assentamento Mato Grande, que aproveitou a vinda até a cidade, para fazer a compra dos materiais escolares dos filhos.

“É aproveitar que estamos aqui, para comprar, já que venho uma vez ao mês apenas. É necessário pesquisar e fizemos isso. Agora estou comprando o necessário, ou seja, cadernos, lápis, borracha, cola, papel sulfite, entre outras coisas. A mochila este ano vai ficar de fora. Estão caras e não cabem no orçamento”, falou Maria que deve gastar mais de R$ 250,00 na compra dos materiais para os dois filhos que estudam no assentamento. “Meu marido separou o dinheiro e já adiantamos as compras mesmo sem saber quando as aulas devem começar lá, pois a escola está em reforma”, comentou.

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